Bom Dia, Jornada Linda! romance Capítulo 723

Dr. Cruz arregalou os olhos para Selena, tão chocado que ficou um bom tempo sem conseguir dizer nada.

"Pensa bem, depois daquele acontecimento, como foi a reação da sua esposa? Ela realmente não acreditou em você, nem um pouco? Antes disso, vocês tinham um relacionamento ótimo, não tinham? E só por causa desse incidente, mesmo sem investigar direito, ela te negou e depois se jogou da janela? E vocês tinham um filho. Eu conversei com ele, e ele disse que sua esposa tinha prometido levá-lo ao parque no dia seguinte, ela já tinha planejado tudo. Como é que, do nada, ela decidiu se matar?"

Com essas três perguntas, a expressão de choque no rosto do Dr. Cruz ficou ainda mais evidente.

Selena soltou um suspiro. "Não sei como te ameaçaram, mas se eles chegaram a esse ponto, é porque estão com medo. E quem te ameaçou provavelmente é o mesmo que matou sua esposa."

"Pensa com calma. Se mudar de ideia, pode ligar pra gente."

Depois de falar, Selena puxou Margarida para saírem.

Margarida, ainda inconformada, disse: "Dr. Cruz, esse peso você pode carregar, eu não consigo. Você pode até desistir da investigação, mas eu vou continuar."

De volta ao carro, Margarida não aguentou e já foi perguntando para Selena: "Você acha mesmo que a Dona Cruz foi assassinada?"

Selena pensou um pouco e respondeu: "Tenho minhas suspeitas, mas não tenho certeza."

"Será que foi..."

"Evaldo e Sônia."

"Você também desconfia deles?"

"Mas que segredo pode ser esse entre eles, tão grave ao ponto de fazerem algo tão extremo?"

Margarida tinha pensado em levar o filho até o apartamento de Evaldo para conversarem sobre o divórcio. Mas agora, só de imaginar que ele podia ser um assassino, ela desistiu na hora.

Selena também achou melhor evitar um confronto direto com Evaldo, porque se ele perdesse a cabeça, quem sairia prejudicada seria Margarida.

"Tenho um apartamento vazio. Leva seu filho e fica lá por enquanto."

Por causa da noite intensa com Raul, Geovana estava com as costas doloridas há dois dias.

Na tarde daquele dia, ela foi até a obra. Mal deu uma volta pelo canteiro e começou a chover. Quando os operários foram embora, a chuva ainda não tinha parado, pelo contrário, só aumentava.

"Dona Medeiros, vai voltar pra cidade hoje?" um funcionário perguntou ao sair.

Geovana ainda tinha umas contas para fechar e mandou ele ir na frente. Quando terminou, a chuva já caía pesada.