Caminhar Contra A Luz romance Capítulo 135

"O que você disse?" Alma pensou ter ouvido errado.

Ela já procurava Oliver há tanto tempo por causa do divórcio, e ele sempre a enrolava de todas as maneiras possíveis. Como, de repente e sem qualquer aviso, ele simplesmente lhe dizia que estava tudo acabado?

Oliver não repetiu uma segunda vez.

Na verdade, ele nem olhou para ela novamente, apenas entrou no clube junto com Rebeca.

Quando o homem passou por ela, aquele desprezo, aquele olhar frio que fazia parecer que ela não era nem mesmo o ar ao seu redor, fez com que Alma sentisse que talvez nem merecesse ser humana.

Além disso, ao ouvir o pedido de divórcio vindo da boca dele, parecia que era algo que ele sempre quis, e que ela é quem vinha insistindo para não se separarem, como se ele estivesse determinado a forçar o fim do casamento.

Alma, sempre tão estável emocionalmente, naquele momento, riu de tão irritada com Oliver.

Ela realmente quis correr atrás dele, barrá-lo e perguntar: "Por quê? Com que direito? Fui eu quem pediu o divórcio primeiro! Foi você quem me enrolou! Por que agora fala com tanta autoridade?"

Mas Alma não o fez.

Aquele casamento já devia ter terminado há tempos; tanto fazia se ela ou ele sugerissem o fim. No fundo, não havia diferença alguma.

Conhecendo o quão frio Oliver era, Alma sabia que ele não dividiria um centavo do patrimônio com ela, e no acordo de divórcio que ela mesma redigiu, não exigiu nada.

Por isso, ela não disse nada.

Apenas perguntou calmamente às costas de Oliver: "Que horas?"

Que horas?

Ele nunca havia pensado nisso.

Amanhã de manhã, ele precisava ir ao leilão daquele terreno.

Depois do leilão, o cartório já estaria fechado.

À tarde, no mais cedo, seria às duas horas.

Mas por que ela estava tão tranquila?

Ela não deveria correr para ele, desesperada, chorando e dizendo: "Oliver, nós fomos casados por seis anos, nosso filho já está tão grande, eu não vou me divorciar! Mesmo que eu morra na família Hurst, não me divorciarei!"

Na cabeça dele, era assim que ela reagiria.

Afinal, não era ela quem sempre o procurava, insistindo tantas vezes?

No entanto, ela não fez o que ele imaginava, não correu nem o impediu.

Isso o surpreendeu muito.

E, no fundo, sentiu um grande desconforto; não pôde evitar e acabou se virando para olhar.

Olhou para Alma.

A expressão dela era serena, sem nenhuma emoção. Ela perguntou de novo: "Que horas?"

VERIFYCAPTCHA_LABELVerificar