Caminhar Contra A Luz romance Capítulo 140

"Eu não vim a este mundo por vontade própria, também não escolhi ser trocada ao nascer, mas, aos dezesseis anos, perdi os pais que me amavam."

"Fui atrás dos meus pais biológicos, mas eles não me reconheceram."

"Eu não tive a sorte da Rebeca, sendo amada e protegida pelos pais verdadeiros. Só pude, a partir dos dezesseis anos, ser obrigada a viver como um cão de rua."

"E nem assim basta, porque ocupei dezesseis anos da boa vida da Rebeca. Então, mesmo que eu passe a vida toda como um cão abandonado, ainda não poderei compensar o que devo à Rebeca. Por isso, todos ao redor dela me desprezam, dizem que devo algo a ela."

"Inclusive meu marido, que era meu marido, mas que, a partir de hoje, será marido dela."

"Se não me engano, daqui a pouco a Rebeca vai com o Oliver ao cartório. Mal o Oliver assinar o divórcio comigo, eles vão registrar o casamento."

Antônio: "……"

Ele queria muito abraçá-la, queria aquecê-la.

Mas, por algum motivo, não se atrevia a ir além.

Apenas, como um velho amigo muito próximo, consolou-a com a voz baixa: "Alma, você vai superar isso, você vai ficar bem, acredite em mim, acredite em você!"

Alma sorriu levemente.

E não disse mais nada.

Justo nesse momento, o carro chegou à porta do cartório.

Que coincidência.

Oliver também havia acabado de chegar.

Ele estava realmente ansioso para pegar o papel do divórcio, por isso chegou tão cedo.

E, como Alma previra, Rebeca também estava ali.

De fato, eles planejavam pegar o registro de casamento assim que se divorciassem de Alma.

Antônio não desceu do carro quando deixou Alma.

Mas tanto Oliver quanto Rebeca viram a "Cullinan" de Antônio.

Talvez Rebeca sentisse que, naquela tarde, ela já era, com toda a certeza, a Sra. Hurst, por isso já falava como se fosse.

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