Caminhar Contra A Luz romance Capítulo 142

Ele jamais imaginara que a mãe ainda se preocupasse com esse assunto.

Ao mencionar Erasmo, Oliver logo se lembrou de algo extremamente importante.

"Espere um pouco com esse contrato de trabalho!" Oliver largou essa frase e, com a intimação judicial em mãos, voltou para seu escritório.

A primeira coisa que fez ao entrar foi pegar o telefone fixo e ligar para Erasmo, que era mordomo da Família Hurst havia trinta anos.

Do outro lado, Erasmo atendeu rapidamente: "Senhor, em que posso servi-lo?"

"Erasmo, todos esses anos... você nunca deu mesada à Alma, não é?"

Segundo as regras da Família Hurst, a mesada da senhora da casa era de trezentos mil reais por mês.

Será que ele realmente nunca pagara?

Oliver ainda não conseguia acreditar.

Do outro lado, Erasmo gaguejou: "Foi... foi a senhora quem me pediu para não depositar a mesada para a dona Alma. Ela disse... a dona Alma mora com o senhor, o senhor jamais a deixaria sem dinheiro, então..."

A mente de Oliver ficou subitamente confusa.

Todos esses anos, a Família Hurst realmente não dera um centavo sequer à Alma.

Nenhum centavo!

E ele, por desprezá-la, nunca quis trocar mais do que algumas palavras com ela — quando é que lhe dera algum dinheiro de bolso?

Todos esses anos, de que modo ela sobrevivera?

Não sabia por quê, mas o coração de Oliver sentia-se como se houvesse sido golpeado por um martelo.

A mão que segurava a intimação tremia.

Ele a desprezava.

Mas jamais pensara em ser tão cruel a ponto de privá-la até esse extremo.

Pegou o telefone e ligou para a mãe: "Mãe! Todos esses anos, por que não deixou Erasmo dar a mesada da Alma?"

Liliana respondeu com raiva: "Ainda fico furiosa só de pensar nela, por que eu deveria dar mesada? Ela é a nora dos meus sonhos? Foi ela quem forçou meu filho a dormir com ela! Forçou o casamento com a Família Hurst, achando que assim viraria alguém importante? Não vou deixar que ela vire alguém importante!"

Oliver: "..."

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