Caminhar Contra A Luz romance Capítulo 162

Ao ver que era uma ligação de Marcelo, Alma não atendeu.

Afinal, eles não eram amigos, não tinham absolutamente nenhuma relação, então não havia motivo para atender.

No entanto, o telefone de Marcelo continuou tocando, insistente.

Isso a atrapalhava a dirigir.

Sem escolha, Alma precisou procurar um lugar para estacionar o carro com segurança e só então atendeu à ligação de Marcelo: "Alô, Sr. Franco, em que posso ajudá-lo?"

Do outro lado da linha, Marcelo falou com uma voz bastante gentil: "Alma, quanto tempo, achei que você nem me reconheceria mais."

"Se o senhor tem algo a dizer, por favor, seja direto. Caso contrário, vou desligar." O tom de Alma era frio, mas educado.

Marcelo ficou em silêncio.

Sentado ao lado dele, Sandro cutucou Marcelo com o cotovelo: "E aí? Ela te perguntou se foi o Oliver que mandou você ligar? Perguntou se o Oliver quer que ela volte para a Família Hurst?"

Marcelo balançou a cabeça.

"Sr. Franco? Sr. Franco? Se não tem mais nada, vou desligar."

"Espere." Marcelo falou, mordendo os lábios: "Alma, você se lembra do ano passado? O filho do meu irmão teve uma espécie de irritação na pele, tipo brotoejas, e nem o dermatologista conseguiu resolver. Foi você quem me deu aquele potinho de pomada caseira. Eu passei nela e melhorou na hora. Agora, a criança está com a mesma irritação de novo. Você ainda tem daquela pomada?"

Alma ficou em silêncio.

Ela não tinha intenção de dar atenção a Marcelo.

Mas ele mencionou a criança do irmão. Crianças, afinal, eram sempre inocentes.

Aquela pomada era uma receita antiga que sua avó fazia em casa, com várias ervas, para eliminar toxinas e umidade do corpo. Era um remédio tradicional, muito eficaz para certos problemas de pele.

E, além disso, não tinha nenhum efeito colateral.

"Onde você está? Eu levo para você." Depois de hesitar por um momento, Alma cedeu.

"Posso ir até você?" Marcelo perguntou de propósito.

"Não precisa, só diga onde está que eu levo." Alma não queria que ninguém relacionado a Oliver soubesse onde ela morava.

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