Caminhar Contra A Luz romance Capítulo 211

Oliver olhou para Alina, confuso: "Você, há pouco, na frente da sua tia e da sua Tia Rebeca..."

"Eu gosto delas! Eu gosto de todas!" Alina enxugou as lágrimas e olhou para Oliver com sinceridade: "Eu gosto muito da minha tia, gosto muito da vovó, mas eu gosto mais ainda da Tia Rebeca."

Ela se apressava em explicar, aflita.

Uma criança de menos de seis anos, cada gesto, cada pensamento, no fim das contas não conseguia enganar um adulto.

Oliver logo compreendeu a situação de Alina.

Ela já percebia que, seja a avó, a tia ou a Rebeca, nenhuma delas cuidava dela como a mãe fazia, mas Alina, vivendo naquele ambiente, não podia mudar nada, por isso sentia medo.

Ela não tinha escolha, só lhe restava dizer palavras que não vinham do coração.

Em outras palavras, era apenas o instinto de sobrevivência de uma criança.

O coração de Oliver doía como se fosse dilacerado, uma dor insuportável.

Sua própria filha!

E ele não conseguira protegê-la; tão pequena, ela já sentia medo, já aprendera o que era o instinto de sobrevivência.

No fim das contas, era culpa dele.

"Você tem medo do papai?" ele perguntou a Alina, com suavidade.

"O papai ama mais a Tia Rebeca. Eu amo a Tia Rebeca, eu também amo o papai." Alina arregalou seus olhos inocentes ao responder.

Oliver ficou em silêncio.

A filha nem ousava dizer a verdade.

Ela já percebera que, sem a mãe, não havia segurança ao lado do pai e da nova mãe.

"Papai vai conversar com a mamãe, pedir para ela te trazer de volta, tudo bem?" Oliver tentava acalmar o coração da filha, buscando reconstruir sua confiança nele.

Os olhos de Alina brilharam imediatamente: "De verdade?"

"Claro!"

Oliver pensou um pouco e disse: "Eu não concordo que sua tia use o sangue da sua mãe para salvar o Marco. Assim, o Marco até pode sair do perigo, mas a mamãe vai ficar muito debilitada."