Caminhar Contra A Luz romance Capítulo 393

Alma estava especialmente bela naquele dia.

O vestido azul-claro, com detalhes em pequenas pedrarias, realçava o tom marfim de sua pele.

Combinando com um colar de pérolas brancas, toda a paleta clara conferia a Alma uma aparência limpa e elegante, sem perder o ar de sofisticação e nobreza.

Ela permanecia ao lado de Antônio, serena e tranquila.

O olhar de Antônio para ela era carregado de carinho e admiração.

Era como se estivesse diante de sua própria deusa.

Do outro lado, Rebeca percebeu, surpresa, que Alma era pelo menos meia cabeça mais alta do que ela.

Rebeca tinha, com dificuldade, um metro e sessenta e quatro.

Usava saltos altos de quase dez centímetros, o que normalmente lhe conferia certa imponência.

Só naquele momento notou que Alma devia ter pelo menos um metro e setenta.

Com o corpo esguio e proporções perfeitas, Alma poderia facilmente ser modelo.

De repente, Rebeca sentiu-se inferior e desconfortável.

Para piorar, Antônio perguntou a Alma, com um tom de devoção: "Minha deusa, você está satisfeita com os preparativos de hoje?"

Alma sorriu suavemente: "Estou muito satisfeita."

Antônio então levou Alma para cumprimentar algumas pessoas importantes.

Alma segurou o braço de Antônio com uma mão, acompanhando-o com naturalidade e elegância, brindando com todos.

Atrás deles, Rebeca teve a impressão de que aquele iate luxuoso pertencia à família de Antônio.

Os pais, o irmão e até a avó se aproximaram de Rebeca.

Luciana perguntou, vendo Rebeca ainda atônita: "Rebeca, o que está acontecendo afinal? Um iate tão requintado… Não me surpreende que Alma esteja aqui, já que está com Antônio. Mas até a velha senhora e Julieta, que geralmente nem são convidadas para esses eventos, também vieram e ainda estão fazendo algazarra no iate?"

Rebeca balançou a cabeça, mordendo os lábios para manter o tom calmo: "Eu não sei o que está acontecendo, mãe. Esse iate não é nosso. Se nós pudemos vir, os outros também podem."