Caminhar Contra A Luz romance Capítulo 459

Alma ficou parada, atônita, por uns trinta segundos.

Observou, impotente, enquanto Rebeca e Fáusto iam embora de carro.

Antônio a chamou: "Alma, o que aconteceu?"

Alma rangeu os dentes e disse: "Rebeca me disse que Oliver não voltará por meio mês".

O que Rebeca havia sussurrado em seu ouvido foi: "Eu sei que você está esperando por Oliver, mas eu já liguei para ele. Pedi que, ao voltar de viagem, fosse direto para o cartório. Depois que eu assinar o contrato com Fáusto e receber seus bilhões, Oliver e eu vamos levar Fáusto de volta para a Itália para sua aposentadoria. Esse processo levará meio mês. A essa altura, os hematomas das beliscadas na perna de Alina já terão desaparecido completamente, certo?"

Rebeca disse isso com um ar de triunfo.

Alma sentiu um ódio tão grande que quis matar Rebeca ali mesmo.

Ela sempre foi uma pessoa de emoções controladas.

Mas o abuso de Alina por Luciana a deixou à beira do colapso.

Se ela não destruísse a Família Sequeira nesta vida, seu ódio não seria aplacado.

Recuperando-se, Alma disse a Antônio: "Eu preciso contar pessoalmente a Oliver que a filha dele foi abusada! Eu preciso que Oliver veja! Não posso simplesmente assistir minha filha ser maltratada!"

Alma rangeu os dentes.

Lágrimas de fúria brotaram de seus olhos.

"Minha filha tem apenas cinco anos. Como ela sobreviveu a todos aqueles dias e noites de abuso? Antônio, eu não consigo nem pensar nisso, sabe? Não consigo imaginar. Eu preciso destruir a Família Sequeira. Eu preciso confrontar Oliver!"

Antônio abraçou Alma, dizendo com o coração partido: "Alma, não se exalte. Ligue para o Oliver agora, pergunte em qual cartório ele está. Nós vamos encontrá-lo agora mesmo!"

Só então Alma se lembrou de ligar para Oliver.

Do outro lado, Oliver atendeu rapidamente, com um tom de voz suave e um pouco bajulador: "Alma? Você me ligar com tanta frequência, sinto-me lisonjeado".

"Você não me disse que estava viajando a trabalho e que voltaria hoje ao meio-dia?", perguntou Alma.

Oliver: "Esse era o plano original".

Nos últimos dois dias, ele não estava viajando a trabalho.

Estava no hospital.

Na tarde anterior, quando segurava Alina, ela o chutou, e os pontos de sua cirurgia se abriram completamente. Naquela mesma noite, ele foi internado novamente.

O médico não queria lhe dar alta hoje, queria que ele descansasse mais um pouco.