Caminhar Contra A Luz romance Capítulo 47

Alma realmente não esperava que Oliver expulsasse elas dali, pagando para reservar todo o salão.

Ele nem parecia irritado.

Mas o desprezo e a certeza em seu olhar deixavam claro que ele não as reconhecia, tratando-as como se fossem apenas duas mulheres causando confusão na rua.

Alma murmurou: "Oliver, uma vez você teve uma crise aguda de gastrite, ficou gravemente desidratado, o médico mandou você tomar apenas líquidos, Alina ainda nem andava, eu a segurava no colo enquanto cuidava de você no soro, fui eu que pedi para a Julieta levar a sopa para você. Você finge que não lembra?"

Oliver fingiu não escutar.

Seus olhos, sob as sobrancelhas cerradas, se voltaram para o segurança.

O segurança se aproximou junto com o gerente do hotel.

O gerente olhou para Oliver com todo respeito: "Sr. Hurst, se precisar de algo, só pedir!"

"Quero este hotel inteiro reservado, todos os custos ficam por conta da Família Hurst. Por favor, peça para essas duas mulheres se retirarem." Oliver olhou para o gerente, sem qualquer expressão.

O gerente hesitou: "……"

"O que foi?" Oliver franziu as sobrancelhas e devolveu a pergunta.

Só então o gerente respondeu: "Sr. Hurst, a Sra. Moraes reservou o salão com uma semana de antecedência, eles estão no andar de cima, não afetam o evento do salão principal…"

"Cancele a reserva, pago dez vezes o valor para vocês!" A voz de Oliver não deixava espaço para objeção.

O gerente não ousou insistir.

Ele não podia se dar ao luxo de desagradar Oliver.

Só lhe restou se virar para Alma e Julieta: "Sinto muito, por favor, escolham outro hotel."

Alma protestou: "Não pode!"

Ela já tinha combinado tudo com Vicente!

Era o primeiro aniversário de Vicente desde que saiu do centro de reabilitação!

O menino esperava por esse dia há muito tempo!

Pela primeira vez, ele estava frequentando uma creche regular, fez vários amiguinhos, convidou todos para comemorar com ele!

Eles viriam direto da creche.

E agora, onde ela poderia achar outro lugar para organizar tudo de novo?

Alma: "……"

Ela viu Oliver sair, passo a passo, e correu para agarrar o braço dele.

"Oliver, te imploro, pelos anos em que te amei de verdade, poupe a Julieta, por favor?" Ela suplicou com toda humildade.

O rosto de Oliver permaneceu impassível: "Solte."

"Eu… todos esses anos, tenho salvado seu sobrinho, fui doadora de sangue para ele por cinco, seis anos, mesmo que eu não tenha mérito, tive meu sacrifício. Considere tudo o que fiz pelo seu sobrinho e poupe a Julieta, te peço, Oliver!"

Oliver soltou uma risada fria: "Ainda tem coragem de falar disso!"

Alma: "……"

Ela estava sem saída.

Sentia-se impotente.

Não podia simplesmente abandonar Julieta.

Quando Alma esteve à beira da morte, foi Julieta que, com um cotonete molhado, pouco a pouco, a trouxe de volta das garras da morte. Quando Alma precisou operar o apêndice e as duas não tinham dinheiro, Julieta trabalhou como acompanhante para conseguir o dinheiro da cirurgia.