Caminhar Contra A Luz romance Capítulo 97

Alma olhou para Antônio com uma expressão serena e repetiu: "Todos os homens se uniram para ajudá-la a me derrubar, até mesmo investidores estrangeiros fizeram de tudo por ela. Você acha que eu teria outro caminho?"

Antônio ficou em silêncio.

A cada conversa com ela, sua compreensão sobre Alma se aprofundava ainda mais.

Vendo que ele não respondia, Alma sorriu com despreocupação.

Ela apontou para os três filhos que estavam com ela e disse: "Se eu não conseguir cumprir os seus termos, antes de me eliminar, por favor, cuide do corpo daquela senhora de vestido branco, enterre-a naquela sepultura que comprei para ela. Depois, arrume um trabalho estável para a moça de uns trinta anos, para que ela possa se sustentar sozinha. Por fim, encontre uma família amorosa para adotar o menino surdo. Ele é inteligente, vai ser um bom filho para quem o criar."

Antônio assentiu: "Sem problema!"

Em seguida, perguntou: "Fale então sobre os seus termos de negócio. Eu já sei que você é esposa do Oliver, isso conta como um ponto, mas não é suficiente para que eu salve você e os outros três hoje."

"Projeto!" Alma finalmente chegou ao assunto principal.

"Ha!" Antônio riu com desdém. "Uma adolescente dizendo isso, que ousadia."

"Eu sei que você não acredita. E nem tenho como convencê-lo agora, porque só o tempo poderá provar. Por isso, não peço sua confiança. Repito: se for mentira, ou se eu não conseguir lhe trazer lucro, pode fazer o que quiser comigo, inclusive tirar minha vida."

Sim!

Ela nem chegou a fazer o ensino médio.

Com o que, afinal, ela poderia convencer alguém?

Esse era um dos motivos pelos quais ela sempre batia de frente com obstáculos.

O homem continuou rindo, frio.

Alma não quis explicar mais: "Dizem por aí que o Antônio é implacável, não poupa nem vivos nem mortos, trata os homens com dureza e as mulheres com mais crueldade ainda, e quando faz algo cruel, nunca hesita ou se enrola. Mas agora, está cheio de rodeios!"

Antônio: "Você..."

"Já disse, se não atender às suas exigências, minha vida é sua! O que mais você quer?"

O rosto de Antônio primeiro escureceu, depois ele forçou um sorriso: "Será como você disse."

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