Caminho Traçado: Meu bebê é filho do CEO by Célia Oliveira romance Capítulo 2

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Já se passava das oito quando Rafaela saiu do trabalho, estava exausta e enfurecida com seu novo chefe, em apenas um dia, conseguiu se estressar para a semana inteira.

Quando chegou em seu apartamento, encontrou sua amiga Kate, toda arrumada.

— Isso são horas de chegar? — Kate perguntou.

— Você não tem noção do que aconteceu, me transferiram de setor e me colocaram como a nova secretária do novo diretor.

— O gostosão? — Kate perguntou empolgada.

— O diabão, isso, sim. No meu primeiro dia, ele já me fez trabalhar até essa hora.

— É normal, amiga, amanhã haverá uma pequena recepção para ele na empresa. Estou louca para vê-lo pessoalmente, algumas pessoas comentaram que ele é um pedaço de mal caminho, me diz, isso é verdade?

Kate também trabalhava na mesma empresa que Rafa, entretanto, em um setor diferente.

— Eu não sei, eu não vi o rosto dele — revelou.

— Como assim?

— Você acredita que durante o dia todo que estive lá, ele me dava ordens, enquanto estava sentado de costas, naquela cadeira enorme.

— Mentira, amiga, estou chocada — Kate era norte-americana, mas com o tempo de convívio com Rafa, aprendeu a falar várias expressões brasileiras. — Será que ele está fazendo um mistério todo, só para se revelar amanhã?

— Eu não sei e, na verdade, nem me interessa saber, estou cansada e tudo que quero é dormir.

— Nada disso, toma banho e se arruma, preciso que me acompanhe num lugar — Kate disse animada.

— Não inventa amiga, já te disse que odeio sair no meio da semana.

— Eu sei, mas acabei marcando um date com um médico lindo, só que ele vai estar de plantão no final de semana, então só podemos nos ver hoje.

— Não dava para esperar? E mais, por que quer que eu te acompanhe em um date?

— Porque iremos nos encontrar num bar e ele disse que irá levar um amigo.

— Ah, não, hoje eu não quero conhecer ninguém, meu humor está péssimo — se esquivou.

— Não é você que diz que precisa encontrar um namorado? Vamos Rafa, não me abandone, eu quero muito conhecer esse médico, mas só vou se você vir comigo.

— Tudo bem, só vou pelo apoio moral — disse por fim, sabia que a amiga iria implorar até que ela aceitasse.

Já arrumadas e prontas para saírem, elas pegaram um táxi e foram para o bar do Paradise club, um dos lugares mais bem falados próximo a Times Square.

O local estava escuro e havia poucas pessoas naquele momento.

— Daniel? — Kate saudou um homem alto, que estava numas das pequenas mesas do bar.

— Olá, Kate, que bom que você veio — eles dois se cumprimentaram e Rafa começou a sentir que estava sobrando por ali.

No final, ela realmente estava. O amigo de Daniel não viria e ele não contou a Kate, com medo dela deixar de lado o encontro.

— Vocês podem conversar a vontade, eu vou pedir um drink ali no balcão — Rafa disse, pois a última coisa que queria, era terminar aquele dia como vela.

Sentou se no pequeno banco que ficava no balcão, pediu um Dry Martini. Bebendo o primeiro drinque, já foi pedindo logo outro. Como percebeu que a amiga estava muito feliz, conversando com o tal médico, decidiu que ficaria ali para lhe dar apoio.

Uma música alta começou a tocar e o local começou a ficar mais movimentado. Enquanto bebia seu décimo drinque, um homem alto, usando uma camisa branca social, sentou-se ao seu lado.

— Parece bem empolgada com a bebida — o homem disse.

Rafa olhou para o estranho ao seu lado e quase desmaiou, ao perceber o quanto aquele homem era lindo. Cabelo preto liso, penteado para trás, barba feita e um nariz reto, típico nariz grego.

— Um deus grego — sussurrou.

— O quê? — ele perguntou, pois não havia escutado bem o que ela disse.

— Muito lindo, mais lindo que o Tácio — ela continuou. Como a bebida já havia lhe subido à cabeça, não estava mais falando coisa com coisa. — Melhor que o Tácio, na verdade, já que ele nem era tão alto assim.

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