Casada à Força: Jogo Proibido nas Chamas romance Capítulo 1

Cidade Mar, a rua de pedestres mais movimentada do centro.

Stella Lacerda puxava sua mala, parada na esquina, enquanto pensamentos distantes ecoavam em sua mente sobre o casamento arranjado em troca de seu irmão. Ela estava distraída, perdida em devaneios.

"É a Srta. Lacerda?" Uma voz masculina a surpreendeu, interrompendo seus pensamentos. Stella girou os olhos na direção do som.

"Sim." Ela assentiu suavemente com a cabeça.

Um carro de luxo parou diante dela, o design elegante e a pintura preta chamavam atenção. Um homem corpulento, vestido de terno preto, estava à sua frente. Ele abriu a porta do carro, indicando para que ela entrasse, como se fosse um segurança recebendo seu patrão.

Stella franziu levemente as sobrancelhas, pensando consigo mesma: a situação financeira do outro lado não era ruim? Se fosse, não usariam o casamento em troca como ameaça para a família.

Instintivamente, ela olhou ao redor. Não havia mais ninguém. Devia ser com ela que estavam falando.

"Srta. Lacerda, por favor, entre logo no carro. O cartório costuma ter filas."

Ela estava esperando uma pessoa, de sobrenome Ye. O cartório era mesmo seu destino. Não devia haver engano. Aqueles seguranças e o carro de luxo provavelmente eram alugados para impressionar. Hoje em dia, as pessoas gostavam de ostentar para resolver assuntos importantes.

Ou talvez, o outro lado temesse que ela fugisse, por isso mandaram dois homens para intimidá-la.

Stella, mesmo contrariada, entrou devagar no carro. Assim que a porta se fechou, seus olhos se encheram de lágrimas, tornando seu olhar ainda mais vulnerável e tocante.

Ela era, afinal, como um cordeiro colocado no altar.

O homem de aparência de segurança, com expressão séria, colocou sua mala no porta-malas e entrou rapidamente no carro.

O carro deslizou como um raio no trânsito congestionado. No banco da frente, dois homens de preto, fortes e atentos, transmitiam aquela aura de alerta e severidade, como verdadeiros seguranças de filme.

Pelo canto do olho, Stella percebeu que o homem ao seu lado, também vestido de preto, estava concentrado em alguns documentos.

O interior do carro era silencioso. Sentindo-se confinada naquele espaço apertado, Stella percebia as presenças estranhas ao seu redor, os músculos tensos como se estivessem amarrados por aquela atmosfera desconhecida.

Seu rosto ficava cada vez mais pálido. Virou o rosto para a janela, sentou-se quieta, sem dizer uma palavra, lutando para segurar as lágrimas e esconder sua ansiedade e medo.

De repente, o homem ao seu lado falou, sua voz carregando uma pressão sutil: "Trouxe todos os documentos necessários para o registro?"

A voz era grave e envolvente, e, no instante seguinte, uma onda esmagadora de presença masculina emanou dele, tão forte que era fácil se perder naquele magnetismo.

O carro parou em frente ao cartório de um bairro de Cidade Mar. Stella apertou as mãos com força, as unhas cravando na carne, olhando fixamente para a porta aberta pelo segurança, sem coragem de se mover.

O homem foi o primeiro a sair. O segurança, vendo Stella ainda sentada, a incentivou educadamente: "Srta. Lacerda, estamos com pressa, por gentileza, desça do carro!"

O olhar penetrante do segurança fez os nervos de Stella ficarem ainda mais tensos. Sem ousar demorar, ela desceu e seguiu o homem até o hall de registro.

O tempo todo, os seguranças não saíram de perto. Stella, mesmo querendo recuar, só podia obedecer, como um objeto sendo controlado por aquela força irresistível, pensando no irmão que estava sendo mantido como refém, sem coragem de se rebelar.

Os funcionários os orientaram a tirar foto de casamento, assinar os papéis, receber a certidão. Quando tudo terminou, os seguranças acompanharam o homem para fora. Stella, com as mãos trêmulas de nervosismo, segurava a certidão de casamento. Abriu o documento, os olhos úmidos percorrendo as letras.

De repente, seus olhos pousaram sobre o nome do homem, e ela murmurou suavemente: "Antônio Costa!"

Antônio!

Esse sobrenome parecia estranho.

A garota que armou para seu irmão se chamava Braga, e o irmão dela também deveria ser Braga, não Costa.