Casada à Força: Jogo Proibido nas Chamas romance Capítulo 132

O destino realmente gostava de brincar com ele. Por que será que as mulheres da vida de Antônio sempre enfrentavam tantos obstáculos? Sempre havia alguém, escondido nas sombras, esperando o momento certo para tirá-las do seu lado.

De repente, Norberto entrou correndo no quarto do hospital.

"Antônio, se acontecer qualquer coisa com a Stella, nem pense que isso vai ficar assim entre a gente."

"De novo você!" Antônio exclamou em voz abafada, girando rapidamente. Em seguida, ouviu-se um baque surdo: Norberto já estava sendo pressionado contra a parede gelada, com a mão de Antônio cravada em seu ombro.

Num movimento rápido, Norberto agarrou o pescoço de Antônio e o empurrou de volta contra a mesma parede fria.

Dois homens igualmente altos, parecendo inimigos mortais, olhos avermelhados de fúria, rostos fechados, se encaravam como feras em uma arena, sem ceder um centímetro sequer, prontos para lutar até as últimas consequências.

Os seguranças de ambos lados também se enfrentavam, e o quarto de hospital, dedicado a salvar vidas, estava prestes a se transformar num campo de batalha sangrento.

Norberto havia contratado novos seguranças, todos imponentes. Ficava claro que, se a briga começasse, ninguém sairia ganhando.

Leonardo e Wanda entraram, e, por um instante, ficaram paralisados diante da cena que presenciavam.

Logo depois, num reflexo automático, Leonardo correu até eles e separou Antônio e Norberto.

"Agora, o mais importante é encontrar a pessoa desaparecida. Se for pra brigar, deixem para depois que a encontrarmos."

A raiva de Antônio era assustadora, ele estava à beira de perder o controle.

"E pensar que você é o homem por quem aquela mulher tola pensa noite e dia… Não consegue protegê-la, e ainda vem aqui me cobrar? Você não serve pra nada."

"Pelo menos você tem consciência. Finalmente disse uma verdade. Sabe muito bem que o coração da Stella sempre foi meu, mas mesmo assim insiste em não deixá-la livre. Agora está aí, sem saber que inimigo arrumou, descontando nela sua própria incapacidade, colocando a vida dela em perigo. Você não merece ser chamado de homem."

Com as sobrancelhas cerradas, Antônio apontou para o rosto de Norberto.

"Quem sabe não foi algum dos seus inimigos que a levou? Por exemplo, a Zara."

Essa sensação de impotência e ansiedade deixava Antônio cada vez mais apavorado. Ele não conseguia parar de se preocupar com Stella, temendo que algo ruim acontecesse.

A espera era longa e angustiante. Antônio já não tinha mais paciência, se sustentava apenas com álcool dia após dia.

Como homem, se não era capaz de proteger a mulher que amava, quão grande seria a sombra que carregava dentro de si?

…

Finalmente, o tempo combinado chegou. Na saída da rodovia, em Cidade Antiga, à distância, havia um táxi velho e abandonado em um terreno baldio, chamando atenção no meio da paisagem desolada.

Stella parecia estar dormindo, deitada sozinha no banco de trás, ao lado da mala usada quando saiu de casa.

"Desgraçados, o que fizeram com ela?" Antônio correu até lá, furioso, e, tremendo, a pegou nos braços.