Casada à Força: Jogo Proibido nas Chamas romance Capítulo 191

Sala de reuniões.

Antônio levantou-se e fez uma reverência profunda, expressando sinceras desculpas aos parceiros comerciais. Devido a problemas de gestão, os figurinos haviam sido destruídos; por ora, só restava trocar de estilista e confeccionar tudo novamente.

Vagner apresentou, pelo telão, os elementos e conceitos do design de Stella. As criações já finalizadas dominavam o olhar de todos.

Os parceiros trocaram opiniões entre si, até que o ambiente ficou silencioso. Por fim, expuseram seu parecer: “Está bem, aprovamos esses produtos. Esperamos que desta vez não haja nenhum imprevisto, e que possam entregar tudo no prazo, com qualidade e quantidade garantidas.”

Vagner ficou completamente surpreso, jamais imaginara que o resultado de uma noite inteira de trabalho de Stella receberia tamanha aprovação.

Não se podia esquecer: ela era uma novata, totalmente desconhecida no ramo, e conquistara os parceiros apenas com desenhos. Era algo quase impossível.

Antônio relaxou o cenho, apertou as mãos dos parceiros, firmando o acordo, e declarou que concederia um desconto suportável pela empresa, como forma direta de se desculpar pelo ocorrido.

Bruno bateu à porta e entrou, lançando um olhar significativo para Antônio.

Era uma reunião importante; nada, a não ser um caso urgentíssimo, justificaria aquela interrupção.

Os olhos de Antônio escureceram de repente. Desculpou-se com todos e saiu da sala.

Bruno se aproximou e sussurrou algumas palavras. O semblante de Antônio ficou carrancudo, seus lábios se fecharam numa linha rígida, e ele ordenou, em tom severo: “Me leve até lá, rápido.”

……

Stella conferia, um a um, os tecidos e aviamentos recém-entregues, de acordo com as amostras do projeto.

Alguém abriu a porta e entrou.

Ela não teve tempo de se virar. Com extrema atenção, comparava as cores reais com as do desenho.

Beatriz apanhou a tesoura sobre a mesa e foi se aproximando, passo a passo, de Stella.

Stella percebeu algo errado; ao se virar e reconhecê-la, se assustou e largou imediatamente o que segurava. “Mãe, o que está fazendo?”

Beatriz apontou a ponta da tesoura para a própria garganta. “Diga, você só se mudou para fugir de mim, não foi?”

Como poderia ser ela a decidir por Antônio? Nem a própria mãe dele conseguia convencê-lo, como ela conseguiria? Era pedir o impossível.

Stella levantou as mãos, mostrando toda a sua boa vontade. “Mãe, eu... eu vou tentar convencê-lo, está bem?”

“Não é tentar, vocês precisam me obedecer nisso.”

“Mas, a senhora conhece o temperamento do seu filho… Quando ele não quer, não adianta eu falar.”

Beatriz pressionou ainda mais a tesoura na garganta, avançando um milímetro, fazendo as pernas de Stella bambearem a ponto de quase cair no chão.

“Mãe, eu prometo...”, Stella só pôde ceder.

Não podia simplesmente assistir a própria mãe se ferir daquele jeito.