Casada à Força: Jogo Proibido nas Chamas romance Capítulo 231

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Eva sentiu seu coração palpitar na primeira vez que viu Antônio, atraída por aquele ar nobre e distinto que ele carregava. Seu envolvimento comercial com o Grupo Hera não fora por acaso, e o fato de ter salvo Hera naquele dia tampouco era mera coincidência.

Ela investigara Antônio, conhecia cada mulher que já passara por sua vida, sabia de seu passado e seu presente, mas nunca fizera nada que pudesse magoá-lo.

Isso tinha tudo a ver com a criação que recebera; seus pais eram pessoas extremamente corretas, e ela mesma sempre fora uma moça de pensamentos conservadores. Ao descobrir que Antônio já tinha uma mulher a quem amava, ela decidiu apenas observá-lo de longe, sem tomar qualquer iniciativa.

O amor era avarento, queria que tudo fosse simples, mas agir era difícil; pensamento e ação jamais andavam juntos.

O sentimento de Eva por Antônio era como um vulcão em erupção, uma chama intensa impossível de extinguir. Seu coração se aproximava dele sem controle, mas mesmo assim, lhe faltavam oportunidades de realmente chegar perto. A dor da saudade fazia com que ela estivesse sempre atenta aos passos de Antônio, exceto quando se tratava de Stella, aquela mulher que carregava o título de esposa dele — uma noiva temporária que Antônio arranjara, e, portanto, digna de pouca atenção.

Para ajudar Antônio a encontrar Hera, Eva mobilizara toda a rede de contatos de seus pais, enfrentando enormes dificuldades até conseguir. Por uma dessas coincidências do destino, no instante em que encontrara Hera, presenciou o proprietário do imóvel tentando algo inapropriado. Sem hesitar, ligou imediatamente para Antônio, chamou ajuda e juntos conseguiram conter o homem, salvando Hera.

Stella tinha plena certeza de uma coisa: Eva amava Antônio, e o amava profundamente. Pensando nisso, ela perguntou impulsivamente:

“Você ama muito o Antônio, está sempre procurando uma chance de se aproximar dele?”

Ao ouvir as palavras de Stella, Eva freou bruscamente, fazendo os pneus rangerem estranhamente no asfalto.

Seu corpo projetou-se para frente, e uma onda de emoções ameaçou transbordar, fazendo seu coração quase se despedaçar de dor.

A pergunta de Stella trouxe-lhe uma dor inexplicável. Mas, com um sorriso levemente triste nos lábios, respondeu:

“Eu só quero que ele seja feliz, tudo o que fiz não foi por mal. Porém, quem quer que atrapalhe a felicidade dele será meu inimigo, e eu não vou perdoar.”

Comparada à Yasmin de Eva, uma era um anjo, a outra um demônio. Uma digna de elogios, a outra de cautela.

“Você é muito bondosa! Ama de forma pura, desinteressada!” elogiou Stella.

“Na verdade, sou apenas tola!” Eva sorriu de leve. “Chegamos, fique à vontade. Espero que ninguém mais saiba da nossa conversa de hoje.”