Na sala de estar luxuosa, o lustre de cristal irradiava uma luz quente e suave. A avó estava sentada no sofá de couro preto, com uma manta fina sobre as pernas, conversando animadamente com a médica.
Pelo clima harmonioso, não era difícil perceber que as duas eram muito próximas, com aquela familiaridade típica de quem se encontra com frequência.
A avó parecia muito frágil, sua voz era baixa e o fôlego instável, além de estar com o rosto pálido. Em resumo, estava ainda mais abatida do que da última vez em que haviam se visto.
Stella se aproximou, e a avó sussurrou algo ao ouvido da médica, que então voltou o olhar para ela.
A avó segurou carinhosamente sua mão, sorriu e a apresentou à médica: "Dra. Paiva, esta é minha neta-nora, que acabou de chegar do exterior. Não é uma graça? Bonita e encantadora, não acha?"
Dra. Paiva sorriu, assentiu com aprovação e cumprimentou educadamente: "Prazer em conhecê-la, senhora."
"Prazer, Dra. Paiva.", respondeu Stella, com uma expressão apreensiva e temerosa.
A Dra. Paiva aparentava ter entre quarenta e cinquenta anos, pele muito clara, traços delicados, cabelos cacheados presos atrás da cabeça com uma presilha de brilhantes, e o jaleco branco lhe dava um ar ainda mais elegante.
Na verdade, a avó já havia mencionado esse exame antes, tratava-se apenas de um exame pré-nupcial de rotina. O objetivo era claro: saber se ela estava apta a dar à luz ao futuro herdeiro da Família Costa.
Ah, pouco importava que exame fosse, só de pensar em tirar a roupa para ser examinada já se sentia envergonhada, não gostava nem um pouco disso.
Stella se repreendeu mentalmente por ter dado importância demais àquele exame, como se quisesse provar algo para aquele homem. Que estupidez.
Agora estava muito nervosa, principalmente ao pensar que teria que tirar a roupa diante da médica.
Dra. Paiva, experiente, pareceu captar seus sentimentos e a tranquilizou: "Não se preocupe, vamos apenas tirar umas amostras de sangue para análise e examinar os órgãos principais, só isso."
Ao terminar de falar, trocou um olhar com a enfermeira que a acompanhava.
A jovem enfermeira, de uns vinte e poucos anos, usava máscara, era muito branca, com pernas longas que nem o jaleco conseguia esconder, e um pequeno chapéu enfeitava sua cabeça, dando-lhe um ar brincalhão e simpático.
"Você ainda não consegue esquecê-la", disse a avó, mantendo os olhos fixos na porta por onde Stella havia entrado. "Antônio, você já não é mais um garoto, precisa pensar no seu futuro. Essa moça é boa, confie no olhar da sua avó. Se o exame estiver bem, trate de viver com ela logo e me dê um bisneto o quanto antes, isso é o que importa."
"Vovó..."
"Aquela noite você e ela se divertiram bastante, ouvi tudo do lado de fora do quarto. Não adianta negar que sente atração física por ela."
"Foi a senhora quem quis.", Antônio sorriu, resignado.
"Foi mesmo? Só pedi que você a abraçasse, não mandei fazer mais nada."
Antônio ficou sem palavras diante da resposta direta.
A avó suspirou e continuou com sinceridade: "Eu conheço meu corpo, sei que minha hora está chegando. Não tenho medo da morte, poderei reencontrar seu avô. Mas, depois que eu me for, quem vai cuidar de você nesta casa? Quem mais você vai ouvir?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Casada à Força: Jogo Proibido nas Chamas
Vai ter atualização???...
Preciso de mais capítulos...
Quero continuação...
Que livro bom, onde estão os outros capítulos!!! Por favor!!!!...