Casada à Força: Jogo Proibido nas Chamas romance Capítulo 29

O olhar do homem, frio como gelo, se estreitou levemente enquanto ele lançava, de maneira gélida, algumas palavras para as costas apressadas da mulher que fugia: "Garotinha, vamos ver se na próxima você ainda se atreve a se aproximar de mim".

Afastar o perigo e evitar que ele se aproxime é uma das principais formas de autoproteção do ser humano.

Depois daquela noite, só de vê-la, seu corpo reagia involuntariamente, um desejo incontrolável de arrastá-la para o quarto e fazer algo para satisfazer aquela vontade.

Ele a assustou de propósito, temendo que, sem controle, fizesse algo de que se arrependesse depois.

Estava louco, completamente louco. Anos sem se envolver com mulher alguma, e agora, bastou um contato para se tornar um vício, um desejo que não conseguia conter.

...

Na manhã seguinte, recebeu a mais nova ordem de sua avó: levar Stella às compras. Mesmo contra sua vontade, acabou cedendo ao desejo da senhora, e, sob o olhar afetuoso da idosa, entrou no carro com aquela mulher problemática.

Foram até a rua mais movimentada da cidade, percorrendo loja por loja, comprando e admirando a paisagem ao redor.

Esses estabelecimentos não ofereciam apenas produtos, mas também exposições culturais exclusivas, com um ar artístico marcante. As construções eram dignas de nota, cheias de características locais. Os funcionários, seguindo as instruções da avó, acompanhavam discretamente, registrando fotos e vídeos sem parar, temendo perder algum momento especial.

A rua fervilhava de pessoas, muitas delas turistas vindos do Brasil, conversando em português com sotaques variados e sorrisos alegres de quem estava curtindo a viagem.

O pequeno grupo deles chamava atenção: seguranças, empregadas, homens e mulheres atraentes, todos juntos, formando uma comitiva impossível de ignorar.

No centro da rua, havia uma loja de suplementos chamada "Casa da Vida", um verdadeiro sucesso. Os clientes compravam como se o dinheiro não tivesse valor, levando caixas e caixas de produtos, temendo que, se demorassem, não conseguiriam mais.

A Casa da Vida era parte do Grupo Costa. O gerente do local já sabia que Antônio passaria por ali, e aguardava ansioso por sua chegada.

Assim que atravessaram a porta, uma equipe de recepção se apressou em dar as boas-vindas.

"Senhor, senhora..."

"Essa senhora tem um charme especial, não fica atrás da anterior!"

Os seguranças, vendo seu patrão agir, não hesitaram. Em questão de segundos, todos os homens de preto estavam caídos, varridos da Casa da Vida até a calçada.

Os agressores recuaram, e então, do meio deles, surgiu um homem de expressão feroz, barba cerrada, estatura mediana, barriga saliente, com um ar desleixado.

"Kleber Chaves." Antônio pronunciou o nome entre os dentes, como se cada sílaba triturasse seus próprios molares.

Seus punhos se cerraram com força, os nós dos dedos estalando, enquanto seu rosto empalidecia subitamente.

Stella não fazia ideia do ódio que havia entre Antônio e aquele tal Kleber, mas sentia a energia densa e hostil que emanava de Antônio.

"Antônio, ouvi dizer que você se casou de novo. Vim especialmente para conhecer o rosto da sua nova esposa." Kleber sorriu, mas seus olhos cruéis percorriam Stella sem piedade.

Suas palavras tocaram o ponto mais sensível de Costa. O ódio em seu olhar ruborizava seus olhos como se tivessem sido tingidos de sangue, com um gume gelado e afiado impossível de ignorar.