Casada à Força: Jogo Proibido nas Chamas romance Capítulo 31

Antônio voltou com o rosto cheio de confusão, a figura alta afundada no sofá, expressão séria, sem dizer uma palavra.

Há pouco, na rua, ele vira uma silhueta familiar, tão parecida com ela que não conseguiu se conter e saiu correndo atrás. Pena que não conseguiu alcançá-la.

Era difícil de acreditar que pudesse haver alguém com uma silhueta tão parecida neste mundo.

Será que era apenas uma ilusão causada pela saudade? Já era a oitava vez que via essa figura familiar pelas ruas.

Beatriz desceu do andar de cima, olhou ao redor de Antônio e perguntou: "Cadê sua esposa? Não voltou com você?"

"Ela não voltou?" ele retrucou.

"Pelo que eu sei, não. Vocês se separaram no meio do caminho?"

"Sim."

Beatriz o repreendeu: "Ela não conhece bem aqui, nunca saiu sozinha, talvez nem saiba o endereço de casa. Como puderam se separar? Ela não fala a língua, e se se perder, como vai fazer?"

"Tem um segurança acompanhando." Ele respondeu com indiferença.

"Ah." A mãe suspirou de alívio.

Nesse momento, o segurança encarregado de acompanhar Stella entrou suando muito: "Me desculpe, perdi a senhora de vista, o mordomo disse que ela ainda não voltou para casa."

O rosto de Antônio escureceu, ficando ainda mais sério: "Para que você serve, afinal? Nem consegue seguir uma mulher direito. Vai procurar agora mesmo!"

"Sim, sim." O segurança saiu correndo.

Beatriz, vendo a expressão sombria de Antônio, tentou confortá-lo: "Calma, uma pessoa adulta não desaparece assim tão fácil."

Antônio lançou um olhar profundo à mãe, preocupado, e avisou: "Hoje encontrei o Kleber na rua. Ele veio entregar o ultimato final. Se os homens dele continuarem coletando provas contra nós, pode ser perigoso. Daqui pra frente, todo mundo da família precisa ter cuidado ao sair."

No helicóptero, Antônio olhava pelas câmeras, mantendo a aeronave a dois ou três metros do chão, examinando tudo com atenção através das lentes.

Não podia deixar passar nenhum detalhe; nem que tivesse que vasculhar até o último centímetro de terra, precisava encontrar aquela mulher problemática.

...

Depois de despistar o segurança, Stella acabou se perdendo. Andou em círculos e, por acaso, avistou uma placa da embaixada. Temendo algum perigo, passou a noite na frente da embaixada, enfrentando ventos fortes, chuva e a presença de muitos moradores de rua.

Amanheceu com dificuldade. Assim que o expediente começou e os portões se abriram, ela entrou para registrar a perda do passaporte, explicou que não tinha dinheiro e perguntou se poderiam ajudá-la a comprar uma passagem de volta para casa. O problema do passaporte foi resolvido, mas ninguém se dispôs a comprar-lhe a passagem.

Sozinha em outro país, sem um centavo, o que fazer? Quando o expediente estava para terminar, Stella ficou tão aflita quanto formiga em frigideira quente.

De repente, uma voz familiar soou: "Stella."

Ela quase não acreditou no que ouvia, pois aquela voz era inconfundivelmente de Norberto.