Que vento estranho era aquele? De manhã ele rejeitou a ajuda dela para limpar o rosto, mas horas depois resolveu aparecer, interessado em ajudá-la a se vestir.
Stella segurava o roupão com força, temendo expor qualquer parte do corpo, e pediu com nervosismo e sinceridade: "Aqui não é minha casa, tem muita gente olhando... Eu consigo me vestir sozinha, será que você pode esperar lá fora, por favor?"
Aquela mulher realmente não sabia aproveitar o que a vida dava. Se qualquer uma daquelas mulheres lá fora fosse chamada para entrar, nenhuma recusaria o privilégio de ser vestida por ele.
O rosto de Antônio se fechou, visivelmente contrariado. O olhar profundo e gelado fez Stella sentir um frio na espinha, calando-se instintivamente.
Com cuidado para não se sujar na poltrona, Antônio sentou-se com calma. "Quando você estava com febre, limpei seu corpo várias vezes, já vi tudo que tinha pra ver. Vergonha de quê? Pode se vestir, vou esperar aqui."
"Mas..." Stella gaguejou, insegura.
"Mas o quê?" Antônio levantou-se subitamente da cadeira, seu corpo forte aproximando-se dela. No instante seguinte, as mãos pousaram sobre o roupão. "Vai me obrigar a fazer eu mesmo?"
Bastaria ele puxar levemente e ela ficaria completamente exposta.
"Não, por favor, não precisa." Stella o deteve imediatamente. "Você não precisa sair, eu me visto, tudo bem?"
Antônio voltou ao lugar, fitando-a com olhos frios enquanto pegava o celular e começava a checar as mensagens.
Apressada e nervosa, Stella virou-se de costas, tentando se proteger de todos os lados, sentindo o rosto queimar. Pegou as roupas e começou a se vestir peça por peça: primeiro a blusa, depois a saia, o casaco, e por fim os saltos altos.
Antônio sorriu de canto, com um toque de malícia, e perguntou: "O tamanho está bom?"
"Está, sim!" Stella respondeu rapidamente.
"Fui eu que escolhi!" A voz dele trazia um tom indefinido, frio e com algo de especial.
Provavelmente, se ela dissesse que não serviu, ele viria conferir pessoalmente.
"Obrigada. Está perfeito."
No meio daquele grupo, Stella era comum, quase invisível; qualquer uma ali parecia mais interessante que ela.
Segurando o braço dele, Stella caminhou passo a passo, com um sorriso desconcertado no rosto.
"Uau, não acredito! Ela é a mulher do Antônio?"
"Puxa, que desperdício... Prato bom assim, virou banquete para porco. Pássaro bonito, sempre acaba levando tiro."
"Não pode ser... Nem corpo, nem rosto, o que ela tem para ser a mulher do Antônio?"
"Ela é a Stella, ué. E o Antônio gosta dela desse jeito." Wanda interveio.
Stella baixou os olhos instintivamente, desviando dos olhares cortantes das mulheres. Se Antônio não estivesse ali, provavelmente todas teriam avançado para arrancar seus cabelos e devorá-la viva.
Por causa desse homem, Stella tinha se tornado a inimiga número um de todas as mulheres presentes.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Casada à Força: Jogo Proibido nas Chamas
Vai ter atualização???...
Preciso de mais capítulos...
Quero continuação...
Que livro bom, onde estão os outros capítulos!!! Por favor!!!!...