Casada à Força: Jogo Proibido nas Chamas romance Capítulo 98

Beatriz se aproximou, o rosto cheio de preocupação. "O que foi agora?"

Stella abaixou a cabeça em silêncio.

Perguntar para quem? Ela mesma não entendia o filho que criou, como os outros saberiam?

Beatriz chamou Bruno e pediu que ele tirasse Antônio dali, ainda furioso.

Stella se levantou, pronta para sair.

Beatriz foi mais rápida, bloqueou o caminho e questionou: "Pra que te trouxemos pra cá? Nem cuidar de um homem você consegue, só faz ele se irritar cada vez mais. Irritação faz mal pra saúde, você quer matar ele de raiva?"

Stella permaneceu calada, ouvindo as palavras duras de Beatriz.

"Da última vez, ele quebrou tanta coisa de raiva e ainda se machucou. Agora de novo, se eu demorasse mais um pouco, ele teria destruído o restaurante inteiro."

Se Stella respondesse, talvez a raiva de Beatriz diminuísse um pouco, mas ela apenas ficou ali, com a cabeça baixa, parecendo inocente e indefesa.

A cada palavra, Beatriz se enfurecia ainda mais e, sem avisar, deu duas bofetadas com força no rosto de Stella.

Pá! Pá!

O som foi seco e alto, uma em cada lado do rosto.

As marcas das mãos de Beatriz ficaram estampadas no rosto de Stella, vermelhas e intensas.

Antônio, que já estava quase na porta, voltou imediatamente e segurou o braço da mãe no momento em que ela ia levantar a mão de novo.

Beatriz, surpresa, puxou a mão que o filho quase esmagava e perguntou: "Sem noção, estou só tentando educá-la por você".

"Não preciso que você se meta nos meus assuntos."

Antônio, com o coração apertado, tentou acariciar o rosto de Stella, mas ela se esquivou!

Apesar das dificuldades em casa, o pai dela sempre a tratou com carinho, nunca tinha levado uma surra assim. Aquela dor era tão forte quanto o tapa que recebera de Zara.

As lágrimas se acumulavam nos olhos de Stella, mas ela não conseguia dizer uma palavra, apertando os dentes para aguentar.

"Arruma suas coisas e vai embora." O olhar de Antônio ardia de raiva enquanto gritava com a mãe.

No fim de ano, encontrou Tristan. O pequeno restaurante dele ia de vento em popa; com Antônio como protetor, era impossível o negócio ir mal. Lídia e ele pareciam se dar bem e, sem preocupações financeiras, levavam uma vida tranquila.

O coração dela esfriou, sentiu-se distante, e não sabia se tinha herdado o mau humor de Antônio. Uma raiva sem nome crescia dentro dela, difícil de conter.

Nem sabia ao certo de quem estava com raiva, ou para quem queria descontar.

"Fala, o que está acontecendo?" Antônio perguntou com a voz rouca, apertando ainda mais a mão dela.

Stella continuou em silêncio.

Antônio não aguentou mais, bateu com força na mesa: "O que você quer que eu faça para te ver feliz?"

O que queria que ele fizesse? Que direito tinha de exigir? O que devia a ele nesta vida jamais poderia pagar, não poderia exigir nada dele.

Stella esboçou um sorriso triste, lágrimas nos olhos, e isso partiu o coração de Antônio.

O coração dela se apertou diante da rara delicadeza no olhar de Antônio.

Tentando suavizar o clima, disse: "Mulher não é assim mesmo? Tem uns dias no mês que fica descontrolada, daqui a pouco passa."