Casada com o Comandante romance Capítulo 34

Depois que Sebastian Somerset, Willabelle Xavier e Lee deixaram o cemitério, foram direto para a villa da família Somerset. Ao entrarem na sala, encontraram Benjamin Somerset, que também tinha ido para lá. Ele observou enquanto os outros entravam, admirando a figura voluptuosa de Willabelle.

Ele não estava certo do verdadeiro motivo, mas desde que soube do registro de casamento dela com seu irmão, percebeu que Willabelle era um diamante bruto que Sebastian parecia ter polido até alcançar um brilho cintilante. Para começar, o gosto da garota para moda havia sido aprimorado exponencialmente. O patinho feio que ele via todos os dias, ficava cada vez mais bonito. Ela estava se transformando em um cisne gracioso e etéreo. Então olhou para seu irmão na cadeira de rodas, que, por outro lado, não era nem um pouco compatível com ela.

"Irmão, Willa... cunhada, vocês estão de volta." Afinal, Sebastian era seu irmão mais velho. Benjamin se levantou e cumprimentou os dois.

"Sim..." Sebastian respondeu de forma amena. Virou a cabeça para o lado, indicando para Willabelle, atrás dele: "Estou um pouco cansado, acho que vou entrar e descansar."

Willabelle assentiu e ia empurrar Sebastian para dentro do quarto quando viu a sogra, Hilda Randy, se aproximando com uma bandeja de frutas. Quando Hilda a viu, cumprimentou-a calorosamente, "Willabelle, quando terminar, venha comer algumas frutas!"

"Tudo bem!" Ela sorriu para a sogra e levou Sebastian para o quarto.

Talvez tenha sido a visão da lápide de sua mãe no cemitério, ou o fato de que aquilo tenha despertado memórias do passado triste de Sebastian, mas assim que se deitou com a ajuda de Willabelle, ele imediatamente fechou os olhos e caiu em sono profundo. Willabelle colocou um cobertor fino sobre ele e depois de se certificar de que ele estava bem, relaxou e saiu do quarto, fechando a porta com delicadeza atrás de si.

No entanto, assim que se virou, viu Benjamin caminhando até ela. Antes que pudesse reagir, ele violentamente a arrastou para o escritório do lado oposto e trancou a porta.

"O que você está fazendo?" Ela olhou para ele com raiva, o pulso latejando de dor por causa de seu apertão. Ela lutou para se afastar, mas ele era muito forte e sua luta era inútil.

"Você fez sexo com ele ontem à noite?" Sem se importar com a reação dela, Benjamin indagou com olhar acusador, exigindo uma resposta.

Willabelle deu uma risada fria. A pergunta daquele homem era ridícula. "Benjamin, você não acha que essa pergunta é absurda? Eu sou esposa dele pela lei. O que acontece entre nós tem algo a ver com você?"

"Ele não consegue nem ficar em pé. Ele não pode desejar você. Aposto que nada aconteceu entre vocês dois ontem à noite, certo?" Benjamin ignorou completamente o comportamento dela em relação a ele e continuou a importuná-la.

"Isso não tem nada a ver com você! Eu sou sua cunhada. Deixe-me ir agora mesmo!" Ela lançou um olhar furioso e não parou de lutar, mas não conseguiu superar a força dele e foi forçada a abraçá-lo.

O rosto de Benjamin se iluminou de alegria. Ele passou os braços em volta da cintura dela com força, restringindo o movimento do braço, então cantarolou com uma voz doentia e melosa. "Willabelle, mesmo se você for a esposa dele por lei, ele não pode fazer de você uma mulher de verdade, mas eu posso! Você não me adora? Por que não ser minha então? Prometo que posso fazer você feliz..." Ele parou de falar e abaixou a cabeça, prestes a beijá-la nos lábios.

Willabelle teve um ataque de fúria ao ouvir o que Benjamin dizia. Antes que seus lábios pousassem nos dela, ela reuniu todas as forças e desferiu um golpe letal no seu bem mais precioso!

"Ai..." Benjamin gritou com a dor lancinante, seus braços afrouxando o aperto contra Willabelle. Assim que ficou livre, ela rapidamente se afastou, pegou um globo de cima da mesa de estudo e o ergueu sobre a cabeça. "Benjamin! Seu desgraçado! Não se atreva a tentar isso comigo outra vez!"

Benjamin estava se contorcendo de dor, segurando suas partes viris com as mãos e a encarando com o maxilar cerrado. Demorou muito para ele se recuperar.

"Willabelle, eu sei que você se casou com ele como um ato de vingança contra mim e acha que fui injusto com você. Admito que nem olhei direito para você nos últimos nove anos. Até você e meu irmão fazerem aquela cerimônia de casamento eu não tinha percebido como você é linda e boa. Willabelle, você não gosta de mim? Eu posso te dar o que quiser, exceto o título, posso te dar tudo! Ok?" Ela tinha sido apaixonada por ele por nove anos, e ele acreditava que ela ainda devia sentir algo. Ele não conseguia suportar que a mulher que costumava ser dele agora estava na cama de outro homem.

"Benjamin, nunca estive tão decepcionada com você. Ainda que eu gostasse de você, não pode me dizer palavras tão desrespeitosas! Eu sou sua cunhada agora, como pode sequer pensar em me dizer essas coisas nojentas?" Toda a frágil felicidade que ela cultivou em seu coração foi destruída por ele, pouco a pouco. Ela estava totalmente desapontada com aquele homem.

"Isso é porque eu nunca notei a beleza e a bondade em você! Willabelle, você sabia? Eu bebi a noite toda ontem e não acordei até o meio-dia de hoje. Willabelle, você ainda tem tempo de voltar atrás... que tal começarmos de novo?" Benjamin se endireitou e caminhou com cautela em sua direção, um passo de cada vez.

"Pare! Se der mais um passo, vou gritar muito!" Os olhos de Willabelle estavam arregalados de terror e fúria, e ela olhava para ele enquanto erguia o globo mais alto sobre a cabeça, com a intenção de esmagá-lo no chão. Ela não conseguia acreditar que o homem diante dela era Benjamin, o homem que ela conhecia.

"Tudo bem, tudo bem, tudo bem! Calma! Calma, por favor! Ainda temos muito tempo, eu vou te dar tempo..." Diante da irritação dela, Benjamin, hesitou por um momento antes de recuar para a porta. Virou para trás e viu que Willabelle ainda estava furiosa. Ele suspirou e saiu.

Quando viu que ele recuava, ela suspirou aliviada. Willabelle colocou o globo de volta na mesa de estudo, desanimada. Desejou se acalmar um pouco antes de sair do escritório. Ao ouvir as conversas animadas vindo da sala de estar, não teve vontade de ir até lá. Ela arrastou-se de volta para o quarto e entrou, fechando a porta suavemente. Sebastian ainda estava dormindo. Ela então foi na ponta dos pés até o outro lado da cama, subiu e deitou-se de costas para Sebastian.

Seu coração estava rasgado e transbordava de dor. Quando fechou os olhos, não conseguiu evitar que lágrimas traiçoeiras escorressem por suas bochechas.

Três meses. Ela teria que enfrentar Benjamin pelos próximos três meses. Não se atrevia a imaginar se poderia perseverar.

Pensando no que ele disse e fez hoje, não tinha certeza se poderia escapar dele sã e salva todas as vezes nos próximos três meses! Mas tinha que viver ali, não tinha outra escolha. O que ela devia fazer? O que poderia fazer?

De repente, uma grande mão veio por trás dela e virou seu corpo para o encarar. Quando viu as lágrimas nos olhos dela, Sebastian franziu a testa e perguntou: "Por que você está chorando?"

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