Casados à Primeira Vista romance Capítulo 101

Quando Charlie estava em Chatterton Town, ele tentou de tudo, mas não conseguiu falar com o chefe da Rovio Corporation, Leo Kyle.

Assim que voltou para Beaford City, os homens da Rovio Corporation Inc. o contataram e pediram que levasse a filha caçula da família Daly para se encontrar com Leo.

Karen estava em Chatterton Town, e dizem que Leo também estava. Mais cedo, Karen tinha voltado para Beaford City, e depois foi a vez de Leo.

Charlie tinha certeza que não era uma coincidência.

Talvez era porque Leo gostava de Karen há muito tempo, mas Leo sabia que, como Karen era esposa de seu subordinado, não seria bom dar em cima dela em Chatterton Town.

Karen ter saído de Chatterton Town e ter ido para Beaford City era uma oportunidade ótima e que não poderia ser desperdiçada por um homem lascivo como Leo. Foi por isso que Leo a seguiu até lá.

Entretanto, ele não poderia falar diretamente com ela, era melhor usar uma reunião com Charlie como desculpa.

Mesmo que o subordinado de Leo um dia descobrisse o que tinha acontecido, ele ainda podia fazer de conta que não sabia de nada e dizer que nunca perguntou sobre a origem dos presentes enviados por outras pessoas.

Charlie não sabia o que Leo via em Karen nem se importava com quanto tempo esse lance duraria.

Só uma ordem importava: desde que ele levasse Karen com ele, Leo concordaria com qualquer coisa que Charlie quisesse.

Charlie não queria muito, apenas que a Rovio Corporation Inc. fizesse negócios com a Gook Corp, assim os principais acionistas da Gook Corp não o desprezariam mais e ele teria o controle da empresa.

Embora ainda tivesse sentimentos por Karen, a oportunidade de fazer negócios com a Rovio Corporation Inc. era muito mais interessante para Charlie.

...

Os Daly moravam em um sobrado não muito grande, quase do tamanho da casa dos funcionários dos Gook.

Samuel gostou da propriedade porque era em uma área rica de Beaford City. Ele achou que seu status social seria elevado se morasse ali.

Mas, apesar da casa não ser tão grande, Karen não conseguiu encontrar sua mãe mesmo depois de procurar várias vezes.

Ela também se deu conta de que era impulsiva demais.

Samuel a tinha atraído até ali, então era óbvio que ele tinha mandado sua mãe para outro lugar com antecedência para elas não se encontrarem.

Era impossível que Samuel dissesse a ela onde sua mãe estava, então ela tinha que pensar um outro plano.

Karen fechou os olhos e respirou fundo. Quando os abriu, uma luz branca brilhou diante dela.

Ela se aproximou um pouco e viu um objeto brilhante jogado na grama a alguns passos de distância.

Karen foi até lá e o pegou. Era um anel de platina.

Ela lembrou que o anel foi comprado para sua mãe com o dinheiro de sua primeira comissão como designer. A mãe o usou por todos aqueles anos e nunca o tirou. No dia anterior, Karen reparou que a mãe ainda o tinha no dedo.

Por que o anel estava caído ali?

Karen o enxugou com a mão e seus dedos ficaram manchados de sangue vermelho vivo.

O que tinha acontecido com a mãe dela?

Karen ficou perturbada com esse questionamento.

Naquele momento, Samuel chegou com Charlie, que fitou Karen e sorriu de forma lisonjeira: "Karen, vá se limpar. Vou levá-la para conhecer uma pessoa."

Karen segurou o anel na palma da mão e fez uma pausa. Depois, perguntou: "Samuel, onde está a minha mãe? Onde você a escondeu?"

Karen queria acreditar que Samuel tinha escondido ou até espancado a sua mãe, mas não estava disposta a pensar que algo ainda pior pudesse ter acontecido com ela.

"Karen, desde que você vá com jovem mestre Charlie conhecer essa pessoa, poderá ver a sua mãe quando voltar." Samuel não questionou o que Charlie lhe pediu para fazer, ele só sabia que tinha que entregar a filha.

"Deixa eu ligar para ela primeiro. Se puder confirmar que ela está bem, eu encontrarei quem você quiser." Disse Karen enquanto mordia o lábio e apertava o anel na mão.

Um velho servo que trabalhava para a Família Daly há mais de dez anos e viu Karen crescer não aguentou mais, então se levantou e falou: "Senhorita, a senhora partiu hoje."

Samuel disparou: "Mordomo Luís, do que você está falando?"

Se o mordomo ousou dizer aquilo, certamente não tinha intenção de continuar trabalhando ali. Ele apontou para a direção de Karen e disse: "A senhora pulou do terceiro andar e caiu aqui. Ela morreu na hora. O corpo já foi enviado para a funerária".

A senhora pulou do terceiro andar e morreu na hora. Seu corpo foi enviado para a funerária...

Apenas essas palavras ocupavam a mente de Karen. Tirando essas palavras, ela não conseguia ouvir nenhum outro som nem ver mais ninguém.

Seu coração parecia ter caído em uma panela de óleo fervente, e suas forças pareciam ter sido drenadas pela dor.

A mãe dela falou com ela ainda ontem, sorridente.

Ela disse a Karen que teria uma vida boa com ela no futuro. No entanto, em apenas uma noite, seu mundo tinha virado de cabeça para baixo. Ela nunca mais veria a mãe.

E seu bom pai, Samuel, se recusou a dar a notícia do falecimento de sua mãe à ela e até a obrigou a aceitar seus pedidos.

O que sua esposa e sua filha representavam para ele?

Elas eram apenas ferramentas que podiam ser usadas para ele conquistar poder e riquezas?

Samuel Daly... Você é extremamente cruel. Seu coração é tão negro quanto a noite.

Já que ele era tão ávido pelo poder, Karen jurou que destruiria tudo o que ele conquistou para se arrepender do que tinha feito.

"Senhorita..."

"Mordomo Luís, obrigado por me contar." Karen curvou-se profundamente para o servo e olhou para Samuel.

Ela não chorou nem brigou, apenas olhou para Samuel em silêncio e ergueu os lábios vermelhos e macios.

Ela estava sorrindo, mas seus olhos eram assustadores e mostravam uma frieza penetrante.

Samuel ficou um pouco nervoso. Ele abriu a boca, mas não disse nada.

Charlie disse: "Karen, meus sentimentos. Infelizmente, as pessoas não podem voltar à vida, então venha comigo e depois podemos preparar um funeral digno da sua mãe. "

"Conhecer quem?" Karen perguntou calmamente.

"Leo Kyle, da Rovio Corporation Inc." Charlie não queria esconder nada de Karen.

Afinal, mulher nenhuma desprezaria um homem como Leo. Aos olhos de Charlie, Karen não seria a exceção.

Confirmando a teoria de Charlie, Karen simplesmente sorriu, acenou com a cabeça e concordou sem qualquer hesitação.

Se ele soubesse que Karen concordaria tão facilmente, Charlie teria agito em Chatterton Town e não teria precisado esperar até aquele momento para ver Leo.

Karen não queria se encontrar com Leo acompanhada de Charlie. Seu verdadeiro objetivo era sair da casa dos Daly com ele e deixar aquele lugar frio e desumano para trás.

A mãe dela, a mãe dela...

Pensando em sua mãe, Karen cerrou os punhos e uma luz fria brilhou em seus olhos.

Samuel, me aguarde!

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Casados à Primeira Vista