Casados à Primeira Vista romance Capítulo 100

"Pode ir embora. Você não é bem-vinda nesta casa!" Kristine olhou para Karen e se virou para entrar.

"Você é surda? Só quero ver a minha mãe e não entrar nessa casa." Karen mal podia esperar para entrar correndo e dar dois tapas em Kristine.

Ela não tinha se vingado daquela mulher depois do show de dois dias antes e agora colocou mais combustível no fogo.

A voz de Samuel veio de trás de Kristine: "Kristine, abra a porta e deixe sua irmã entrar."

Kristine nunca foi contra a vontade do pai. Se ele mandou ela abrir a porta, ela ia abrir a porta. Ela fazia tudo o que ele pedia.

Assim que a porta foi aberta, Karen entrou correndo. Ela queria ir até a mãe, mas foi bloqueada por dois criados instruídos por Samuel.

Samuel disse sem pressa: "Se você quer ver sua mãe, me prometa uma coisa primeiro."

"Eu nunca vou te prometer nada." Se não fosse pelo sangue dele correndo em suas veias, Karen até cuspiria nele.

"Você veio sozinha. Se quer culpar alguém, culpe a si mesma." Disse Samuel,zombando dela: "Leve à senhorita ao quarto dela para se maquiar e depois ligue para o jovem mestre da família Gook para ver se ele já chegou."

Ele... Ele...

Karen olhou para o homem à sua frente. Ele era mesmo o seu pai?

Seu pai a forçaria a ficar com um homem independentemente da sua vontade?

Naquele momento, para Samuel só importava o que ele ganharia com a presença de Karen, mas ele não sentia nenhum afeto por ela.

Ela sabia há muito tempo que Samuel era uma pessoa que faria qualquer coisa pelos próprios interesses.

Não era?

Karen respirou fundo e disse: "Samuel, quero ver a minha mãe. Se você ainda tem alma, deixe-me vê-la e levá-la embora".

"Depois que você e o jovem mestre da família Gook terminarem a tarefa, eu vou deixar você ver a sua mãe." Samuel acenou com a mão, gesticulando para os dois servos agirem.

Os olhos frios de Karen percorreram Samuel, Kristine e os dois servos e de repente ela sorriu. "Samuel, você acha que pode fazer o que quiser? Se você se atrever a fazer alguma coisa, eu não vou te deixar sair impune nem morta."

Não, ela não queria morrer, apenas usou palavras duras como uma ameaça.

Ela acabara de se tornar a mulher de Kevin e queria dar muitos filhos à ele.

Ela também tinha que levar a mãe de volta para viver uma vida melhor com eles. Como poderia arriscar sua própria vida para desafiar aquelas pessoas implacáveis?

Os olhos de Karen eram extremamente penetrantes, tanto que os dois criados ficaram atordoados e não ousaram avançar.

Karen os ignorou e entrou. Ela estava lá para procurar a mãe, não para ser intimidada.

Samuel não se importava mais com Karen, afinal ela já estava em casa e não ia fugir.

Tudo o que ele queria era que o jovem mestre da família Gook viesse logo para levar sua mulher embora. Contanto que ele seguisse o plano, tudo ficaria bem.

Virando-se, ele olhou para os olhos ciumentos de Kristine e disse: "Kristine, não se preocupe. O que queremos é o filho dela, não ela. Você vai ser a jovem senhora da família Gook em breve".

"Pai, eu..." Kristine piscou e as lágrimas rolaram de seus olhos. "Eu sei. Você é a pessoa que mais me ama."

"Porque eu só tenho uma filha." Samuel deu um tapinha no ombro de Kristine e continuou: "Se não você, quem mais eu vou amar?"

"Pai, quem é o pai biológico de Karen?" Kristine não conseguiu obter uma resposta da mãe, então tentou descobrir alguma pistas com o pai.

Kristine não perderia nenhuma oportunidade de implicar com Karen. Quanto mais informação ela tivesse, mais fácil seria provocar a irmã.

Samuel disse: "Não se preocupe com esse assunto. Fique de olho nela. Já que ela está aqui, não podemos deixá-la fugir. E não fale nada sobre a sua mãe por enquanto".

"Pai, e a mãe..." Ela também era sua mãe biológica, afinal de contas, e Kristine ainda tinha carinho por ela.

Samuel ergueu as sobrancelhas e bufou friamente: "Hum?"

Kristine mordeu o lábio e acenou com a cabeça. "Eu vou ficar de olho nela."

Karen vasculhou toda a casa dos Daly, mas não encontrou a mãe. Se ela não estava ali, onde poderia estar?

Karen pensou um pouco, mas não sabia onde a mãe poderia estar.

Será que Samuel tinha escondido a esposa com a família Gook?

Se Samuel e Charlie conspiraram juntos para que ela voltasse, então era muito provável que a mãe estivesse mesmo com os Gook.

Foi fácil entrar ma casa dos Daly, mas a segurança da casa dos Gooks era rígida e seria difícil entrar lá. Além disso, se ela entrasse, seria como uma ovelha entrando na boca de um lobo.

Além de tudo, Kristine a estava seguindo com seus criados, então seria difícil para ela sair da casa dos Daly também.

Será que Kevin já tinha visto as mensagens dela?

Se ele se deparasse com aquela situação, qual seria a reação dele?

Pensando nele, Karen se sentou, pronta para ligar para Kevin e perguntar a ele o que fazer.

Quando ela pegou o celular, percebeu que o telefone tinha ficado desligado desde que ela entrara no avião.

Quando ela ligou o aparelho, viu mais de uma dúzia de chamadas perdidas, todos elas de Kevin.

Ele devia estar nervoso por não conseguir entrar em contato com ela. Karen ligou imediatamente para ele, mas o celular dele também estava desligado.

Porque, naquela altura, Kevin estava em um avião indo para Beaford City.

Surgiram alguns problemas com os negócios no oeste depois de Kevin ir embora repentinamente.

Naquela tarde, ele tinha feito uma reunião por videoconferência com os responsáveis da região que durou várias horas.

Depois de terminar seu trabalho e ver as mensagens de Karen, ele ligou para ela imediatamente. O telefone dela estava desligado, então ele não tinha como entrar em contato com ela.

Ele pediu as filmagens das câmeras de segurança do hospital para entender o que tinha acontecido. Depois, ele pediu para que alguém ligasse para o aeroporto e confirmou que dois membros da família Daly haviam retornado a Beaford City na noite anterior e que Karen também voara para lá algumas horas antes.

Até Charlie, que queria muito se encontrar com Leo, voltou para Beaford City no início daquela manhã. A coisa toda foi uma estratégia e Kevin logo adivinhou o que eles estavam planejando.

Por isso, Kevin tomou uma decisão imediatamente antes de embarcar e pediu ao líder da Rovio Corporation Inc. em Beaford City para marcar uma reunião com Charlie, dizendo que o Leo Kyle estava disposto a vê-lo.

Depois de descer do avião, Kevin recebeu a notícia do chefe da Rovio Corporation Inc. de Beaford City de que Charlie havia sido contatado.

Depois de ouvir o relatório de Amelia Gray, Kevin acrescentou: "Assistente Gray, peça a alguém para dizer a Charlie que, desde que ele leve a filha caçula da família Daly para a reunião, eu darei a ele tudo o que ele quiser."

Em seguida, Kevin correu para a casa dos Daly. Talvez fosse tarde demais para impedir algumas coisas, mas a identidade de Leo podia ajudar.

Samuel era um monstro. Ele já havia feito coisas terríveis com a esposa no passado e agora queria usar Karen mais uma vez.

Ele sabia que Karen ficaria magoada a situação fosse exposta, mas a vontade dele era de acabar com o Samuel.

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