Karen havia tido inúmeros encontros com Charlie. Naquela época, era alegre e doce, mas agora Karen só tinha um sentimento: repulsa!
Seu desejo era de nunca mais voltar a ver aquele homem, mas ela não tinha escolha, então respirou fundo e tentou se acalmar.
Assim que entrou, Charlie acenou para ela e disse: "Karen, estou aqui."
Antigamente, Karen gostava de ouvir aquele homem pronunciar seu nome, mas agora... Karen balançou a cabeça. Ela não queria pensar no passado, então caminhou em direção a Charlie e sentou-se em frente a ele.
Depois de se acomodar, inconscientemente olhou para a testa de Charlie. Ao ver a bandagem, não conseguia imaginar a gravidade do ferimento. Charlie sorriu e disse: "Vejo que você está preocupada comigo."
Karen não negou que estava preocupada com o ferimento dele, já que foi ela quem o causou. Não queria se envolver em um caso de homicídio por aquele homem indigno.
Ela olhou para ele com frieza, agora livre da dor de cabeça que sentira ontem. Surpreendentemente seu estado de espírito era calmo, algo que ela mesma não esperava.
Ela ficou em silêncio, mas Charlie não se importou. Acenou para o garçom servir uma xícara de café e disse: "Este é o sabor de latte que você gosta."
Karen disse calmamente: "Sr. Gook, apenas diga o que pretende. Não tenho tempo a desperdiçar aqui."
No passado, ela costumava ficar acordada até tarde para trabalhar em seus desenhos de vestidos de noiva. Quando ficava com sono, bebia café. E, depois de um bom tempo, acabou ficando dependente de cafeína. Porém, mais tarde, parou de consumir café, exceto quando ficava com muito sono.
Nos últimos três anos, muita coisa mudou, as pessoas estavam diferentes e ela não era exceção. Mas não queria esclarecer isso para ele, porque era desnecessário.
Charlie continuou: "Bem, vamos tomar uma xícara de café primeiro. Vamos conversar."
Karen contraiu os lábios e disse: "Sr. Gook, já que me convidou para vir aqui, vamos deixar as coisas claras. Por favor, não..."
"Claro!" Charlie não queria ouvir sua recusa, então ele a interrompeu e disse: "Eu queria muito vê-la na Califórnia desta vez. Espero que possa se acalmar e me ouvir."
"Fale então." Karen pegou a xícara de café e deu um gole. Queria ouvir o que ele diria.
Charlie estendeu a mão para segurar a dela, mas antes que ele pudesse tocá-la, Karen imediatamente retirou sua mão e olhou para ele com frieza.
Então Charlie retirou sua mão também. E disse seriamente: "Vamos reatar, começar de novo."
"Oh..." Era como se ela estivesse ouvindo a piada mais absurda do mundo. Charlie realmente teve a coragem de dizer tais palavras.
Ele achava que ela era tão cara de pau quanto ele a ponto de fingir que nada havia acontecido?
"Garçom, por favor, traga um copo de leite quente."
De repente, uma voz baixa e provocadora surgiu por trás de Karen, o que a deixou em choque. Talvez Charlie e outras pessoas não tivessem notado essa voz, mas Karen sabia que era de Kevin.
Ela não o viu quando entrou na cafeteria. Quando ele chegou? Há quanto tempo estava sentado atrás dela? Quanto da conversa ele ouviu?
Por um minuto, a mente de Karen teve um branco. Ela não podia ouvir o que Charlie estava dizendo. Apenas pensava no que Kevin pensaria dela.
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