Casados à Primeira Vista romance Capítulo 91

Karen estreitou um pouco os olhos e disse ferozmente: "Se ele se atrever a fazer alguma coisa, eu garanto que não o deixarei ficar impune."

Se ela se escondesse, a confiança de Charlie aumentaria e Karen não queria ficar sob o controle dele.

Por mais poderosa que fosse a família Gook, eles não podiam controlar o mundo inteiro. Além disso, eles viviam em uma sociedade regida por leis e o que era mais importante: Karen estava disposta a acreditar na capacidade de Kevin.

Se Charlie realmente ousasse fazer alguma coisa, Kevin tomaria atitudes.

"Karen..." Faye de repente abraçou Karen e deu um tapinha nas costas dela, "Karen, vai! Promete que você não vai deixar esse nojento te machucar outra vez."

Como Faye viu o quanto a traição tinha impactado Karen, ela sabia o tamanho da ferida que a amiga tinha fechado.

No entanto, os culpados não só não se arrependeram, como também a procuraram. Eles queriam machucá-la novamente?

"Faye, não se preocupe. Ninguém mais vai me machucar." Karen sorriu, com uma firmeza nos olhos claros.

Isso porque ela não estava mais sozinha, agora ela tinha uma pessoa ao seu lado que acreditava nela e dava força e apoio, e essa pessoa é seu marido, Kevin!

Ela nunca ia permitir que ninguém atingisse à ela ou a vida deles.

Ela sempre foi uma pessoa muito determinada.

No caminho para casa, Karen comprou um spray de pimenta e guardou na bolsa por garantia.

Ela não queria nem que Kevin nem que ela mesma se machucassem, por isso tinha que se proteger bem.

Ela também não queria que Kevin fosse ameaçado, porque ele precisava se concentrar em seu trabalho e não se preocupar com ela.

Quando Karen chegou em casa, Momo correu até ela e latiu um pouco.

Karen a pegou no colo e disse: "Querida, você deve estar com fome".

Ela só não passou a noite na casa de Faye porque não tinha ninguém para cuidar da cachorrinha.

Momo latiu mais algumas vezes como se dissesse que estava sim com fome.

Karen colocou Momo na mesa, pegou sua tigela e colocou comida para ela. "Mocinha, coma devagar."

Momo choramingou como uma criança mimada e começou a mordiscar os ossos.

Karen olhou para Momo ternamente. Para ela, Momo era como um bebê que se esforçava para beber o leite com as duas mãos gorduchas segurando a mamadeira.

Enquanto bebia seu leite, o bebê ergueu a cabeça e sorriu para ela, chamando Karen de "mãe" com uma voz doce.

De repente, Karen saiu de seu devaneio e deu um tapa no rosto com força. No que ela pensou o dia todo?

Ela pensou em ter um bebê mas, felizmente, ninguém ao seu redor percebeu. Karen estava tão envergonhada que foi correndo tomar banho.

Quando saiu do banheiro, Momo estava satisfeita e caminhou ao seu lado alegremente.

"Momo, fique parada. Vou fazer um desenho seu."

Karen queria voltar a pintar, então decidiu treinar com Momo primeiro já que, independente do resultado, a cachorra não ia brigar com ela.

Momo foi obediente e ficou parada, e Karen desenhou levanto aquilo muito a sério. Embora estivesse enferrujada, o desenho ficou bom.

Depois que terminou de desenhar, ela pegou o desenho e o sacudiu na frente de Momo. "Bebê, o que você achou do desenho da mamãe?"

Momo latiu, empolgada, como se estivesse satisfeita.

"Obrigada pelo elogio." Karen fez cafuné na cadela. "Está ficando tarde. Vá dormir."

Eram onze horas da noite. Se Kevin estivesse em casa, ela já estaria deitada na cama e ele ainda estaria ocupado no escritório.

Ela se perguntou se ele ficava acordado até tão tarde quando estava viajando à negócios.

Pensar em Kevin fez Karen sentir vontade de ligar para ele.

Ela já estava com o telefone na mão quando perguntou a si mesma: "Se você quiser ligar para ele, é só ligar. Por que a hesitação?"

Karen discou o número do celular de Kevin e ele atendeu rapidamente. A voz suave de Kevin veio do outro lado da linha. "Por que você ainda não dormiu?"

Karen queria muito dizer a ele que ela não conseguia dormir sozinha, sem ele, mas o que acabou dizendo foi: "Queria saber se você ainda está ocupado..."

"Entendi." Kevin gentilmente respondeu e continuou: "Tem uma coisa que eu não terminei ainda."

"Sr. Kyle, seu chefão é o Leo Kyle, da Rovio Corporation Inc. Ele te paga horas extras toda vez que você trabalha até tão tarde?"

Karen de repente odiou Leo, da Rovio Corporation Inc. Por que ele sobrecarregava tanto o Kevin? Ela sempre via Kevin indo dormir tarde e ele sempre tinha que acordar muito cedo.

Kevin não esperava que Karen mencionasse Leo. Ele pausou por um momento e disse: "Ele vai me dar um bônus. Vou ganhar mais se trabalhar mais."

"Então ganhe menos. Não se canse tanto." De qualquer forma, ela poderia ganhar dinheiro para sustentar a família e eles não precisavam mais contar só com a renda de Kevin.

Kevin riu e respondeu: "O que você pensaria se dissesse que eu sou o Leo?"

"Você não é o Leo." Ela não queria Leo como seu marido. Aquele lendário pervertido definitivamente não era tão bom quanto seu Kevin.

"E se eu for?" Ele parecia estar obcecado com aquela pergunta.

"Não existe 'e se' porque você não é." O argumento não funcionou, mas Karen não queria discutir com ele.

Ela não sabia o que tinha dado nele, porque Kevin nunca discutia tópicos sem sentido. O que aconteceu?

Ele também queria aproveitar a oportunidade para falar com ela?

Se fosse esse o caso, ele podia ser direto que ela não ia reclamar.

Depois de um tempo, Kevin disse: "Preciso trabalhar, mas não vou desligar. Me chama se precisar de alguma coisa."

"É assim que você vai me fazer companhia?" Não importava se a intenção dele era essa, mas foi o que Karen pensou.

"Sim." O homem do outro lado da linha concordou inesperadamente.

"Pode colocar o celular na mesa. Se precisar de alguma coisa, eu chamo." Karen sentiu um calor no coração. Ela ficou genuinamente tocada com o esforço dele em fazê-la companhia de um jeito pouco tradicional.

Ela se deitou na cama, colocou o celular no travesseiro e imaginou que Kevin estava deitado ao lado dela. "Kevin..."

"Hum?" Como prometido, assim que ela o chamou, ele respondeu.

Karen sorriu alegremente e disse: "Nada. Só chamei para ver se você me respondia".

Kevin disse: "Se você tem algo a me dizer, é só me dizer. Já terminei o trabalho."

Karen pensou um pouco, porque queria muito conversar sobre algo com ele.

Então, perguntou: "Kevin, quero pedir demissão para trabalhar com a Faye como design de vestidos de noiva. Você vai me apoiar?"

"Karen..." Ele chamou o nome dela novamente. "Vou respeitar e apoiar todas as decisões que você tomar."

Sua voz era baixa e profunda, mas aos poucos estava perfurando o coração de Karen.

Kevin sempre foi um homem de palavras. Depois, quando Karen voltou naquele assunto, ele não hesitou e concordou com o pedido dela.

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