Casados à Primeira Vista romance Capítulo 96

Kevin e a mãe de Karen tinham acabado de conversar quando ela voltou com a comida que comprara.

Karen olhou para a mãe e disse com um sorriso doce: "Mãe, comprei pão e ovo, seus favoritos. Experimente e veja se o pão de Chatterton Town  é melhor do que o de Beaford City."

"Minha filha, você está ainda mais atenciosa e gentil", disse a mãe de Karen.

Parecia que o nó entre Karen e sua mãe estava sendo desatado. A mãe estava muito melhor do que de manhã e sua voz parecia mais suave.

Karen abriu os braços e abraçou a mãe como se fosse uma criança. "Você é minha mãe. É claro que eu vou cuidar de você."

"Que bom, você é a melhor!" A mãe de Karen sorriu gentilmente. Ela estava feliz por ter tido a chance de se reaproximar da filha.

Kevin olhou para as duas e reparou no sorriso feliz, na expressão de paz e no contentamento nos olhos de Karen.

Antes de se casar com ela, Kevin tinha pedido que fosse feita uma investigação sobre o passado dela. Os pais de Karen também foram investigados, mas ele descobriu acidentalmente sobre o que a mãe de Karen mencionou.

Na verdade, tudo só tinha acontecido porque a mãe de Karen não conseguia se impor diante do marido e acabou sendo enganada.

Para proteger Karen, a mãe optou por suportar a violência doméstica e outros infortúnios. Ela resistiu por mais de 20 anos.

Depois de terminar de comer, a mãe de Karen se deitou e disse: "Karen, está ficando tarde. Você e o Kevin deviam ir para casa."

"Mãe, não vou te deixar sozinha aqui no hospital." Karen se apoiou no corpo da mãe e se contorceu na frente dela. "Além do mais, não tenho que trabalhar, então posso ficar e conversar com você."

A mãe de Karen tocou a cabeça da filha e disse gentilmente: "Não precisa conversar comigo. Vá para casa e faça companhia para o seu marido. Tome cuidado para ninguém tirá-lo de você."

"Não, eu vou ficar aqui." Karen olhou para Kevin e disse: "Se outra pessoa tentasse tirar ele de mim, eu não teria como protegê-lo, de qualquer forma."

"Você não é mais criança." A mãe de Karen cutucou a cabeça dela e suspirou: "Você é uma mulher casada, não diga uma coisa dessas."

Karen sorriu novamente. "Somos sempre crianças aos olhos das nossas mães."

A mãe fechou os olhos e disse: "As enfermeiras vão cuidar de mim. Pode ir. Kevin, leve a Karen embora. Não deixe que ela fique aqui me incomodando".

"Mãe..."

"Depois você volta, não precisa ficar aqui." A mãe de Karen acenou com a mão impaciente, gesticulando para a filha ir embora. Ela não queria mesmo que Karen ficasse com ela a noite toda. O que ela faria se seu lindo rostinho ficasse feio por cansaço?

Por fim, Karen não conseguiu convencer a mãe, então teve que ir com Kevin para casa e planejou voltar para o hospital na manhã seguinte.

No entanto, ela não imaginava que, menos de meia hora depois que eles partiram, um homem de meia-idade entraria no quarto.

Ele puxou a colcha que cobria o corpo da mãe de Karen e zombou: "O que eu pedi para você vir fazer aqui? Pedi para vir descansar?"

Olhando para a pessoa, a mãe de Karen sorriu gentilmente: "Minha filha cresceu. Ela encontrou uma pessoa que a ama de verdade. Você nunca mais vai machucá-la nem usá-la."

O pai de Karen praguejou com uma expressão feroz: "Eu a criei por mais de dez anos. Ela não devia retribuir de alguma forma tudo o que eu fiz por ela? Só estou pedindo que ela tenha um filho com o jovem mestre da família Gook, assim o futuro herdeiro dos Gook terá o sangue da família Daly. Quem ela pensa que é para discordar?"

"Acontece que ela é minha filha. Ela é uma pessoa, não uma ferramenta." A mãe de Karen ainda sorriu gentilmente. Saber que Karen agora tinha um homem para protegê-la deixou a mãe mais tranquila.

Como mãe, ela não podia ajudar, mas faria de tudo para que ninguém atrapalhasse a vida da filha.

O pai de Karen agarrou o cabelo da esposa e disse friamente: "Já que não quer colaborar, você vai ter que se ver comigo."

"Samuel, eu não vou deixar você vencer." Disse a mãe de Karen, calmamente, pois ela já imaginava que aquilo aconteceria.

Samuel queria que ela persuadisse Karen a voltar e dar à luz um bebê para a família Gook. Se ela não seguisse suas ordens, ele faria da vida dela um inferno.

Karen era sua filha. Ela só queria que a filha vivesse feliz, por isso pediu que Karen fosse embora e nunca mais voltasse para Beaford City, para não ser usada.

"Você quer que eu mande isso aqui?" Samuel pegou uma foto e balançou na frente da mãe de Karen.

No passado, sempre que ele fazia isso, a mãe de Karen cedia mas, dessa vez, não. Ela continuava sorrindo gentilmente, como se nada pudesse afetá-la.

Quanto mais ela evitava responder, mais irritado o pai de Karen ficava.

Ele a puxou para cima e disse: "Vou te levar de volta para Beaford City. Se a sua filha for mesmo tão boa, ela vai atrás de você."

Enquanto isso, Karen e Kevin chegavam em casa.

Karen segurou o braço de Kevin e piscou para ele de brincadeira. "Sr. Kyle, o que a minha mãe queria falar com você?"

Kevin tocou a cabeça dela e perguntou: "Você quer mesmo saber?"

"Claro que quero." Karen balançou a cabeça vigorosamente e chegou bem perto dele.

Kevin sorriu de repente e disse: "Adivinhe."

Adivinhe!

Como aquele homem podia dizer uma coisa dessas! Ela achava que ele era o melhor marido do país, mas mudou de ideia com a provocação dele e quis revocar o título.

Ela fez beicinho e olhou para ele com raiva, os olhos cheios de insatisfação.

Seus lábios, além de rosados e macios, agora estavam fazendo beicinho como se esperassem que ele os cutucasse.

Nos últimos dias, o que Kevin mais estava gostando de fazer era atender aos pedidos dela. Se ela queria que ele a beijasse, ele a beijaria.

Então, ele segurou a cabeça dela, se abaixou e a beijou.

Ele lambeu os lábios dela e os mordeu maliciosamente.

Depois de sentir o gosto dela, ele pretendia soltá-la, mas Karen o segurou e não deixou ele se afastar. O rosto dela estava colado no peito dele e ela sussurrou: "Sr. Kyle, a Sra. Kyle quer ter um filho com você."

Naquele dia, Karen estava se sentindo muito feliz por finalmente ter resolvido o mal-entendido entre ela e sua mãe, promovendo a reconciliação entre as duas.

O homem com quem ela decidiu passar o resto da vida também tinha voltado de uma viagem para lhe fazer companhia. Ela se sentia como se estivesse mergulhada em mel. Não importa o que acontecesse, seria algo doce.

"Karen..." Kevin parecia não acreditar no que ouvira. "O que foi que você disse?" Perguntou ele, em estado de choque.

"Eu quero ser sua esposa de verdade." Karen rugiu. "Você quer ou não?"

Ela disse que queria dar a ele um filho, mas ele ainda não estava entendendo. Ela teria que falar com todas as letras que queria fazer amor com ele, só assim ele entenderia?

Vendo o olhar chocado de Kevin, Karen ficou ainda mais irritada. Sem pensar em mais nada, ela o empurrou no sofá da sala, beijou seus lábios frios com domínio e o mordeu com força!

......

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