Kevin e a mãe de Karen tinham acabado de conversar quando ela voltou com a comida que comprara.
Karen olhou para a mãe e disse com um sorriso doce: "Mãe, comprei pão e ovo, seus favoritos. Experimente e veja se o pão de Chatterton Town é melhor do que o de Beaford City."
"Minha filha, você está ainda mais atenciosa e gentil", disse a mãe de Karen.
Parecia que o nó entre Karen e sua mãe estava sendo desatado. A mãe estava muito melhor do que de manhã e sua voz parecia mais suave.
Karen abriu os braços e abraçou a mãe como se fosse uma criança. "Você é minha mãe. É claro que eu vou cuidar de você."
"Que bom, você é a melhor!" A mãe de Karen sorriu gentilmente. Ela estava feliz por ter tido a chance de se reaproximar da filha.
Kevin olhou para as duas e reparou no sorriso feliz, na expressão de paz e no contentamento nos olhos de Karen.
Antes de se casar com ela, Kevin tinha pedido que fosse feita uma investigação sobre o passado dela. Os pais de Karen também foram investigados, mas ele descobriu acidentalmente sobre o que a mãe de Karen mencionou.
Na verdade, tudo só tinha acontecido porque a mãe de Karen não conseguia se impor diante do marido e acabou sendo enganada.
Para proteger Karen, a mãe optou por suportar a violência doméstica e outros infortúnios. Ela resistiu por mais de 20 anos.
Depois de terminar de comer, a mãe de Karen se deitou e disse: "Karen, está ficando tarde. Você e o Kevin deviam ir para casa."
"Mãe, não vou te deixar sozinha aqui no hospital." Karen se apoiou no corpo da mãe e se contorceu na frente dela. "Além do mais, não tenho que trabalhar, então posso ficar e conversar com você."
A mãe de Karen tocou a cabeça da filha e disse gentilmente: "Não precisa conversar comigo. Vá para casa e faça companhia para o seu marido. Tome cuidado para ninguém tirá-lo de você."
"Não, eu vou ficar aqui." Karen olhou para Kevin e disse: "Se outra pessoa tentasse tirar ele de mim, eu não teria como protegê-lo, de qualquer forma."
"Você não é mais criança." A mãe de Karen cutucou a cabeça dela e suspirou: "Você é uma mulher casada, não diga uma coisa dessas."
Karen sorriu novamente. "Somos sempre crianças aos olhos das nossas mães."
A mãe fechou os olhos e disse: "As enfermeiras vão cuidar de mim. Pode ir. Kevin, leve a Karen embora. Não deixe que ela fique aqui me incomodando".
"Mãe..."
"Depois você volta, não precisa ficar aqui." A mãe de Karen acenou com a mão impaciente, gesticulando para a filha ir embora. Ela não queria mesmo que Karen ficasse com ela a noite toda. O que ela faria se seu lindo rostinho ficasse feio por cansaço?
Por fim, Karen não conseguiu convencer a mãe, então teve que ir com Kevin para casa e planejou voltar para o hospital na manhã seguinte.
No entanto, ela não imaginava que, menos de meia hora depois que eles partiram, um homem de meia-idade entraria no quarto.
Ele puxou a colcha que cobria o corpo da mãe de Karen e zombou: "O que eu pedi para você vir fazer aqui? Pedi para vir descansar?"
Olhando para a pessoa, a mãe de Karen sorriu gentilmente: "Minha filha cresceu. Ela encontrou uma pessoa que a ama de verdade. Você nunca mais vai machucá-la nem usá-la."
O pai de Karen praguejou com uma expressão feroz: "Eu a criei por mais de dez anos. Ela não devia retribuir de alguma forma tudo o que eu fiz por ela? Só estou pedindo que ela tenha um filho com o jovem mestre da família Gook, assim o futuro herdeiro dos Gook terá o sangue da família Daly. Quem ela pensa que é para discordar?"
"Acontece que ela é minha filha. Ela é uma pessoa, não uma ferramenta." A mãe de Karen ainda sorriu gentilmente. Saber que Karen agora tinha um homem para protegê-la deixou a mãe mais tranquila.
Como mãe, ela não podia ajudar, mas faria de tudo para que ninguém atrapalhasse a vida da filha.
O pai de Karen agarrou o cabelo da esposa e disse friamente: "Já que não quer colaborar, você vai ter que se ver comigo."
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