Casamento de Arrependimentos e Revelações romance Capítulo 550

Taylor se sentia cada vez mais impotente; parecia que não conseguia dizer ‘não’ pra nenhum pedido daquela garotinha.

“Tá bom.”

Anna se aconchegou contra ele, as mãozinhas agarradas com força ao corpo dele. Naquele lugar estranho, ele era seu único porto seguro.

Taylor tinha a mente cheia de preocupações. Não sabia por quanto tempo ainda conseguiria esconder a verdade dela — ou protegê-la.

O dia fatídico chegou mais rápido do que ele imaginava. A porta foi escancarada de repente.

Taylor estudava enquanto Anna lhe fazia cócegas nas costas. “Posso sair lá fora? Aqui tá tão chato! Faz dias que não vejo o sol. Tô até esquecendo como ele é.”

“Daqui uns dias, eu arranjo um jeito de te levar.”

“Daqui uns dias? Mas eu quero ir agora.”

Anna logo entendeu que Taylor tinha dificuldade em resistir aos pedidos dela. Enlaçou os braços em volta do pescoço dele, sentando-se no colo dele e suplicando: “Me leva agora. Por favor...”

Mas antes que terminasse de falar, a porta foi arrombada com um chute, revelando dois adultos e uma criança.

Além de Wisteria e Hamilton, havia um homem desconhecido que se parecia com Taylor.

Ao vê-lo, Taylor empurrou Anna instintivamente, o rosto tomado pelo pânico. “Pai...”

Anna não entendeu nada, mas como Taylor e Yael eram gentis, ela presumiu que o homem também fosse. Sorriu educadamente para Dominic. “Olá, senhor.”

O homem a encarou friamente, sem dizer uma palavra, o que fez a pequena se encolher, desconfortável.

“Dominic, é assim que você cria seu filho? Paparicando a filha do inimigo? Se a Wisteria não tivesse me contado, eu teria sido completamente enganado.”

Os olhos do homem estavam sérios.

“Talvez seja melhor você se explicar.”

“Tio Dominic, não tem nada pra explicar. O que restou dos Sanders devia ser completamente exterminado. Não esqueça o que a gente sofreu todos esses anos.”

Yael, alheio ao que estava acontecendo, repetiu: “Exterminar, exterminar, exterminar.”

Taylor lançou um olhar fulminante pra ele, e o garoto imediatamente se encolheu, cobrindo a boca.

Por fim, Taylor falou: “Pai, matá-la não vai mudar nada. Ela é só uma garotinha. A morte dela não vai fazer diferença.”

“É mesmo? E o que você sugere?”

“Fazer ela viver algo pior do que a morte.”

Anna olhou para Taylor — o mesmo que a havia embalado carinhosamente pra dormir na noite anterior. Agora, parecia outra pessoa.

“Tio Dominic, não acredita nele. Ele só tá protegendo a Anna.”

“Pai, eu nunca esqueci o sangue derramado pelos Carlyn.”

Os olhos de Taylor ficaram ainda mais frios. “Quero jogar ela no inferno. Fazer com que se arrependa todos os dias por estar viva.”

“Bom saber que você não esqueceu.”