Casamento Impulsivo romance Capítulo 151

Bárbara Barroso segurava uma pequena bandeja, escolheu duas sobremesas que pareciam deliciosas e sentou-se à mesa do canto para degustá-las.

Rafael Martins observava-a de longe, enquanto ela comia, suas bochechas inflavam de um jeito que lembrava muito um hamster que ele tinha quando era criança. Seu sorriso surgia involuntariamente, percebendo que até mesmo comer poderia ser uma ação encantadora.

"Barbie."

Rafael estava prestes a se aproximar, quando Kelvin Martins chegou primeiro ao lado de Bárbara.

"Você voltou? E então, não se meteu em brigas, né?"

Bárbara olhou para ele surpresa e feliz, mostrando imediatamente sua preocupação.

Kelvin, sem palavras, levantou a mão e afagou a cabeça dela, dizendo: "Eu não sou de brigar, como eu poderia entrar numa briga? Na verdade, esse Antônio Ribeiro é irmão de um amigo meu, só que fazia anos que não nos víamos, e eu não o reconheci de imediato."

Bárbara suspirou aliviada e disse com um coração ainda apertado: "Que bom que não houve mal-entendidos, eu estava preocupada com isso."

"Vamos para casa," Kelvin sugeriu.

Bárbara pensou que tinha ido com Hera Gama e que deveria se despedir dela antes de ir.

Mas, de repente, lembrou-se que Hera também tinha desaparecido sem se despedir.

Era a festa de aniversário de um amigo, então tudo bem.

Assim, ela mandou uma mensagem para Hera e saiu com Kelvin.

Rafael os viu partir, sentindo uma coceira no coração, mas sem poder fazer nada.

O plano era fazer com que Kelvin fosse o convidado especial da noite. Então, quando Bárbara descobrisse quem ele era durante o evento, Rafael apareceria para confortá-la.

Quando as pessoas estão mais vulneráveis, é quando seus corações estão mais abertos, e essa seria sua melhor chance.

No entanto, como sempre, a realidade era mais dura que os sonhos.

Kelvin, fazendo jus à sua reputação de imprevisível, levou Bárbara embora?

Presidente Aquino, ao saber da partida de Kelvin, não disse nada.

Todos sabiam que Kelvin fazia o que bem entendia, nem mesmo Leandro Martins conseguia influenciá-lo, que dirá os outros?

Hera aproveitou a oportunidade para procurar Antônio e, ao encontrá-lo, hesitou antes de falar com ele. Ficou ao seu lado, lançando-lhe olhares furtivos de vez em quando.

O rosto que antes lhe parecia repulsivo, por algum motivo, começou a parecer cada vez mais atraente e agradável aos seus olhos, desde que soube quem ele era.

"Por que você fica me olhando assim?"

Antônio finalmente não aguentou e perguntou.

"Ah, como você sabe que eu estava te olhando?" Hera surpreendeu-se, corando ao perguntar.

Antônio, sem palavras, ele pode até ser desligado por ser um atleta, mas ela estava sendo muito óbvia.

"Eu não sou cego."

Hera sentiu-se envergonhada e coçou a cabeça antes de perguntar: "Você realmente não se lembra de mim? Meu nome é Hera."

"Humph, claro que me lembro de você. Na Cidade B, quando você ameaçou me atropelar com seu carro, você me disse seu nome, como eu poderia esquecer?" Antônio respondeu friamente.

Hera disse apressadamente: "Naquela época, eu não sabia que era você, se soubesse que era você, com certeza não teria dito que te atropelaria. Fora aquela vez, você não consegue se lembrar de quando mais ouviu meu nome? Pense bem, quando era criança, você não ouviu meu nome também?"