Casamento Impulsivo romance Capítulo 153

"Bárbara."

Bárbara mal havia saído do carro e chegado à porta, quando ouviu alguém chamá-la pelo nome.

Ela virou-se para procurar quem era e viu Otávia Pinto se aproximando.

"Como você veio parar aqui?" Bárbara perguntou, franzindo a testa.

Antes, ela teria usado "senhora" como forma de tratamento, mas isso já não acontecia mais.

Otávia torceu a boca e disse: "Casar com alguém rico realmente muda as pessoas, até o temperamento fica maior. Nem o respeito básico se mantém, veja só. Acho que cuidei de você em vão por tantos anos."

Bárbara, séria, respondeu: "Primeiro, você nunca cuidou de mim. Desde que me lembro, nem meu pai me deu um centavo de pensão. Foi minha avó que, recolhendo recicláveis, cuidou de mim sozinha, então não existe essa de relação de cuidado entre nós. Segundo, você não recebeu um milhão para cortar laços comigo? Por que ainda traz isso à tona? Terceiro, não é porque me casei com alguém rico que meu temperamento é forte, eu sempre fui assim. Antes eu tolerava por causa da minha avó. Agora que não preciso mais me esconder, claro que não vou me calar."

"Essa história de primeiro, segundo, terceiro... Você realmente sabe se expressar bem, não é à toa que se saiu tão bem nos estudos. Mas você está errada quando diz que não temos nada a ver com sua criação. Mesmo que não tenhamos dado um centavo, se não fosse por você, o dinheiro que sua avó ganhava com recicláveis teria ido para nós, então, de certa forma, você cresceu com o nosso dinheiro."

Bárbara: "..."

Ela não esperava que alguém pudesse ser tão descaradamente sem vergonha, ficou sem palavras por um momento.

Como dizem, melhor estar entre os sábios do que discutir com os tolos!

Com algumas pessoas, argumentar é inútil e só faz você parecer tolo.

No fim das contas, eles só queriam um presente?

Desde que ela entrou na universidade, não apenas deixaram de dar a ela qualquer dinheiro para despesas, como ainda pediam presentes em aniversários, Dia dos Pais, Natal e outras datas, ela já estava acostumada.

"Bárbara, desta vez seu pai não quer apenas um presente, ele quer você lá. Ele quer te ver, você tem que ir." Otávia disse, ansiosa.

Bárbara respondeu: "Quando vocês aceitaram aquele milhão, dissemos que a partir daí não teríamos mais qualquer relação. Como posso voltar agora? Eu vou enviar o presente, por favor, não insista, senão vou me atrasar."

"Bárbara, você tem que prometer, se não prometer, como vou explicar para o seu pai?"

Vendo Bárbara prestes a entrar, Otávia rapidamente segurou seu braço e implorou em voz alta.