Casamento Impulsivo romance Capítulo 246

Ele se sentia amargurado desde pequeno por ter perdido o pai e a mãe. Mal sabia ele que havia quem sofresse ainda mais.

"Eu não tenho pena de mim mesma," a garota disse com um sorriso doce. "Embora eu não possa estar com meus pais, eu tenho minha vó. Ela me ama muito, e eu sou muito feliz com ela."

"Tudo bem, se você acha que não é digna de pena, tudo bem então. E minhas roupas? Deixe-me vesti-las," disse o menino.

A garota correu para fora e rapidamente trouxe suas roupas.

E elas já estavam lavadas?

Apesar do cheiro de sabão barato, estava muito melhor do que o dia anterior.

"Vamos, se veste!" ela insistiu, vendo o menino segurando as roupas sem vesti-las.

O rosto do menino ficou vermelho enquanto ele dizia: "Como vou me vestir com você aqui? Saia, aí eu posso me vestir."

"Oh."

Ela assentiu e virou-se para sair. No entanto, ao chegar à porta, virou-se novamente, cobrindo a boca para suprimir uma risada: "Não precisa se envergonhar, eu não vou rir de você."

"Envergonhado? Rir de quê?" o menino perguntou, confuso.

Ela falou sério: "Porque a parte onde você faz xixi é meio feia, você deve estar envergonhado."

O menino: "..."

Meu Deus, que alguém me acerte com um raio!

"Para onde você vai?"

Ele não podia mais ficar ali, tentando sair sorrateiramente.

Mas a garotinha o pegou no flagra.

"Ah, acho que preciso ir para casa, obrigado por cuidar de mim ontem à noite. Tchau, quer dizer, nunca mais."

"Ah, você vai embora? Você pode me dizer seu nome? Eu ainda não sei," disse a garota, fazendo bico.

"Ah, não precisa saber meu nome, nunca mais nos veremos mesmo."

Ele nunca mais queria vê-la.

Mas ao ouvir aquele nome novamente, todas as memórias vieram à tona como cenas de um filme, impossíveis de serem esquecidas.

Ele se virou para olhar a garota.

A pequena garota tinha crescido e se transformado numa bela moça.

Ela sorriu gentilmente, agradecendo com os olhos cheios de alegria.

Naquele momento, seu coração que estava frio há anos, de repente se aqueceu.

Ela tinha crescido exatamente como ele gostava.

"A história acabou, então, você se lembra dessas coisas?" Kelvin perguntou, olhando ansiosamente para a garota à sua frente, que estava com uma expressão de surpresa.

"Eu me lembro, mas... se você não tivesse mencionado, eu teria esquecido," disse Bárbara, pensativa.

Ele falou sobre coisas das quais ela se lembrava.

Mas ela era muito jovem na época, e afinal, era apenas um pequeno pedaço do passado em sua vida, como ela poderia se lembrar disso o tempo todo?