Casamento Impulsivo romance Capítulo 308

Tomás baixou a cabeça, tomado de culpa.

Hera, irritada, disse: "O vô também, né? Como ele pode fazer isso? Com o primo fora, ele aproveita para te maltratar."

"O vô não está errado, se você olhar pelo lado dele, ele realmente tinha motivos para ficar irritado. Mas eu também não estou errada, eu só queria terminar meu trabalho o quanto antes. Então, não é uma questão de certo ou errado, nem de maltratar alguém ou não," Bárbara aconselhou.

Hera perguntou: "Você vai mesmo embora? E se o primo voltar..."

"Se ele voltar, ele vai me procurar," Bárbara afirmou com certeza.

Hera não queria que ela fosse.

No início, não gostava dela, achava que ela, vinda de um lar simples, não era digna da Família Martins.

Também pensava que, além de ter um rosto bonito, ela não tinha muito mais a oferecer.

Mas, com o tempo, descobriu que, apesar de parecer comum, ela tinha seu próprio charme. Por exemplo, a gentileza e firmeza, e a sinceridade com as pessoas.

Então, com o tempo, acabou gostando dela e achando que seria uma boa cunhada.

"Rafael, você tem que cuidar bem da Bárbara."

Antes de Bárbara entrar no carro, Hera fez questão de lembrar Rafael.

Rafael assentiu.

Mas, por dentro, estava radiante.

Rafael?

Bárbara?

Parecia que eles eram um casal.

"Deixa eu te levar pro hotel! Posso reservar um quarto para você ficar uns dias, até a gente encontrar um lugar pra você morar."

Rafael tentou conter sua emoção, enquanto ligava o carro e falava com Bárbara.

Bárbara, surpresa, disse: "Por que eu ficaria em um hotel?"

"Se não for no hotel, onde você vai ficar? Você com certeza não pode voltar para casa. Eu te vi com seus parentes no hospital da última vez, nossa... Você ainda tem contato com eles?"

"Claro que não, nós cortamos laços faz tempo. Pode me levar para o alojamento da filial? A Janete não está, eu posso ficar lá por enquanto," disse Bárbara.

Rafael ficou um pouco decepcionado, pensou que teria a chance de arranjar um lugar para ela ficar.

"Você tem certeza de que não quer que eu fique com você?"

"Diretor Leme, o que está acontecendo?"

Bárbara, segurando seu cartão de acesso, perguntou.

Ela não era ingênua, tinha uma ideia do que estava acontecendo, mas ainda assim era difícil de acreditar.

Será que só por isso, eles a demitiriam?

Fidelis Leme disse: "Sra. Barroso, a Sra. Elvina me pediu para informar que, a partir de hoje, você não é mais funcionária do Grupo Martins."

"Só porque pedi ajuda ao Prof. Diniz, a empresa vai me demitir?" Bárbara perguntou, desapontada.

Fidelis Leme disse: "Não é só pelo Prof. Diniz, há mais coisas."

"O quê?"

"Vamos para a cafeteria do outro lado da rua! Ficar aqui na entrada é meio constrangedor," Fidelis Leme sugeriu.

Bárbara foi com ele para a cafeteria do outro lado.

Fidelis Leme tirou um envelope, cheio de fotos.

Nas fotos, havia três pessoas: ela, Kelvin e Helena.