Casamento Impulsivo romance Capítulo 321

Kelvin nem imaginava que Bárbara era resistente a anestésicos.

Lembrando-se de quando ela estava sendo suturada, aguentou firmemente sem soltar um único grito de dor, seu coração apertou de compaixão.

"Você percebeu desde o começo, por que não procurou uma maneira de aliviar a dor dela antes, em vez de deixá-la sofrer desse jeito?" Kelvin estava visivelmente irritado.

Sergio, sem saber o que fazer, disse: "Tem gente que é assim, não reage aos anestésicos. Por isso é melhor evitar se machucar ou fazer cirurgias, senão até os médicos ficam sem opção. E não tem muito o que fazer quando nem os anestésicos mais potentes fazem efeito. Não dá para simplesmente não suturar, né! Mas, já que a moça nem reclamou, melhor você não ficar aqui reclamando."

"Use os melhores remédios para que a ferida dela cicatrize o mais rápido possível," disse Kelvin, com a face fechada.

"Isso nem precisa dizer, eu sei. Fique tranquilo, estamos usando o melhor que temos. Pronto, já disse tudo o que tinha para dizer, agora vai lá ficar com ela. Qualquer coisa me chama."

Kelvin assentiu e foi imediatamente de volta ao quarto para ficar com Bárbara.

Ele nem se despediu.

Sergio, resignado, balançou a cabeça. A amizade de tantos anos parecia mais frágil que plástico.

"Bárbara está bem?"

Ao entrar no escritório, uma voz ecoou de repente ao seu lado.

Sergio se assustou, pulando para o lado, olhando para Helena com uma expressão de terror.

"Como você entrou aqui? Não podia ter avisado? Sabe que aparecer do nada aqui pode assustar alguém até a morte, né?"

"Você é médico e tem medo disso?" Helena estava incrédula.

"Como dizem, 'o desconhecido e o sobrenatural não são para ser discutidos', mas eu não sou Confúcio. Com tanta gente morrendo aqui todos os dias, é normal eu ter medo, não é?"

Helena revirou os olhos, sem vontade de discutir.

Sentando-se na cadeira dele, perguntou: "Como está Bárbara? A lesão é grave?"

"Não é tão grave. A ferida é um pouco grande, mas não muito profunda, não atingiu nenhum ponto vital, apenas um ferimento superficial," disse Sergio.

"Desde quando eu preciso que me devam favores? Além do mais, até você suspeita, quem sabe ele não pensaria que fui eu?" Helena disse com um sorriso amargo.

Levantando-se, acrescentou: "Vou indo, cuide bem dela."

Sergio assentiu, mas só depois que ela saiu, ele se perguntou:

"A 'ela' de quem ela estava falando?"

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Leandro sentou-se na sala de reuniões, chamando todos os acionistas remanescentes da empresa.

Todos estavam visivelmente desconfortáveis, afinal tinham visto as notícias e sabiam o motivo da convocação pelo velho presidente.

Como esperado, Leandro falou severamente.

No final, deixou claro: "Não me interessa quem teve a ideia, mas mirar no meu neto foi longe demais. Isso eu vou investigar até o fim. E não digam que não avisei, se eu descobrir quem foi, não importa quantos anos de amizade temos, não terei piedade."