Casamento Impulsivo romance Capítulo 347

Helena pegou os documentos primeiro, deu uma olhada e depois passou para Nilo e Bárbara.

"Eu lembro, quando saí, Wilson tinha desaparecido, e naquela época ainda não o tinham encontrado", disse Helena.

Kelvin concordou com a cabeça: "Ele realmente tinha desaparecido, procuramos por muito tempo sem notícias dele. A polícia registrou o caso, mas, com o tempo, provavelmente não continuariam a procurar intensamente. Além disso, o caso de Tito foi considerado um acidente. Só eu que nunca desisti de procurar, e finalmente, um ano depois, soube onde ele estava. Ele deve ter se escondido na montanha por um ano, pensando que estava seguro antes de descer. Mas assim que desceu, foi visto pelas pessoas que eu havia colocado para vigiar, e quando fui até lá, ele, por coincidência, estava em casa tomando um banho de imersão, se embriagou, escorregou e se afogou. Meus homens entraram e só encontraram o corpo. Revistei a casa dele, não encontrei nada de valor e mandei chamar a polícia. Após a autópsia, confirmou-se que havia álcool em seu organismo, sendo considerado morte acidental."

"Outro acidente?", disse Nilo, "Neste mundo, há muitos acidentes, mas quando acontecem dois acidentes seguidos na mesma situação, isso deixa de ser acidente."

"Eu pensei o mesmo", disse Kelvin, "por isso continuei investigando o caso dele, sua família, parentes, amigos, todos que pudesse investigar. Até agora, continuo mandando pessoas vigiarem sua esposa e filho."

"Tem mais uma coisa que não consigo entender", Bárbara também levantou a mão.

Helena disse: "Pergunte."

Bárbara olhou para Kelvin e disse: "Você falou que o carro foi atingido e capotou morro abaixo, mas você certamente estava usando cinto de segurança! Mas você disse que acordou na vala de neve, e o carro havia desaparecido, ou seja, não estava por perto. Então, você teve que se levantar para procurar, e até mesmo foi na direção errada, isso significa..."

"Significa que o carro estava muito longe de você, cercado apenas por neve, sem outros obstáculos visuais. Ou seja, o carro estava muito distante, e por isso você foi na direção contrária", Nilo continuou o raciocínio de Bárbara.

"Vê? Não sou só eu que duvida da confiabilidade do que você disse, todos aqui duvidam", disse Helena, encolhendo os ombros.

Kelvin fechou os olhos e disse: "Naquela hora, eu não pensei tanto assim, porque quem nunca passou por isso, não pode entender aquele sentimento. Na avalanche, a sensação de ser atingido pela neve, nem se fale em cinto de segurança, parecia que até os ossos poderiam ser ejetados do corpo. Helena também tinha suas dúvidas, achava que eu estava mentindo. Mas eu estava obstinado, achando que estava certo. Por causa disso, tivemos uma grande discussão."

"Então, no funeral do meu irmão, eu dei um tapa nele em público e declarei que cortaria relações a partir daquele momento. E rapidamente fui para o exterior", disse Helena.

"Depois que ela se foi, comecei a me acalmar e a pensar se eu estava errado. Então, fiz muitos experimentos. Estes são os dados dos experimentos, construí uma câmara de simulação e fiz várias vezes testes dentro do carro, para ver se era possível ser atirado para fora. Os resultados mostraram que a chance de ser lançado para fora era de cinquenta por cento, ou seja, havia uma chance em duas. Mas como Nilo disse, mesmo sendo lançado para fora, não se estaria muito longe do carro. No entanto, em uma avalanche, as coisas podem se complicar e não se pode usar o senso comum para deduzir. Talvez a neve tenha me levado para longe do carro, isso é possível."