Casamento Impulsivo romance Capítulo 475

"Tia, a senhora ainda está nos escondendo algo, não nos contou toda a verdade," Kelvin afirmou com certeza.

Dona Gama franziu a testa.

Elvina também falou: "Tia, já não somos mais crianças, isso tem a ver com a verdadeira razão da morte dos nossos pais. Como filhos, temos o direito de saber a verdade."

"Está bem," Dona Gama suspirou e disse lentamente, "é verdade que eu estava escondendo algo de vocês, mas vocês precisam prometer que, mesmo sabendo a verdade, não vão ficar com raiva do seu avô."

"Ficar com raiva do vovô? Por que ficaríamos com raiva dele?" Elvina perguntou, confusa.

Kelvin de repente percebeu algo, e sua expressão se tornou muito preocupada.

Dona Gama olhou para ele com um sorriso amargo e disse: "Kelvin, você já suspeitava, não é? Sim, é exatamente como você imaginou. Após a morte dos seus pais, eu e o seu avô encontramos aquela mulher, que já estava grávida de sete meses. Inicialmente, nem eu nem seu avô queríamos que ela tivesse o bebê, mas durante a tentativa de aborto, devido ao avançado da gestação, o bebê nasceu vivo. Seu avô viu que a criança ainda respirava e não teve coragem de fazer mais nada, pois seria assassinato. Então, seu avô decidiu manter a criança, entregando-a a outra pessoa para criar. Quanto àquela mulher... nós dissemos a ela que o bebê havia morrido e a mandamos ir embora."

"Então, o filho ilegítimo do meu pai ainda está vivo?" Elvina exclamou surpresa.

Kelvin falou com voz baixa: "Não apenas vivo, mas vivendo entre nós."

Elvina ficou chocada e, de repente, percebeu algo, sua expressão se tornando tão perturbada quanto.

Dona Gama disse: "Originalmente, seu avô pretendia manter a criança fora da família para sempre, sem nunca trazê-lo de volta para a Família Martins. Mas quando o menino teve uma febre alta aos quatro anos, a pessoa responsável por cuidar dele ficou preocupada e ligou para seu avô. Sendo do sangue dos Martins, seu avô foi até lá. Ele não esperava que a criança sobrevivesse, mas não só sobreviveu como também era... muito parecido com o pai de vocês, tanto na aparência quanto no jeito encantador. Seu avô não conseguiu resistir..."

"Então, para que ele fosse reconhecido como parte da família, deram a ele o nome de Hugo Martins. Criado como um filho distante de um primo, perto de nós," Kelvin disse lentamente.

Ela havia dito que não sabia de nada antes porque temia revelar demais.

Agora que a verdade foi dita, não havia mais motivo para preocupação.

"Aquela mulher era uma estudante brilhante da Universidade Capital, de origem humilde, até poderia dizer-se pobre. Segundo ela, sabia quem era o irmão e queria ascender socialmente, por isso armou para ele. Eu acreditei, já tinha visto muitas mulheres assim, não era novidade. Mas não esperava que ela tivesse sucesso. Claro, teve seus motivos, era muito bonita, e olhando para Hugo, dá para ver, ele se parece com o pai de vocês, mas também com a mãe. E tem um jeito doce, sempre pensei que seu pai também não era totalmente indiferente a ela."

"Então, a senhora nunca suspeitou que a morte deles pudesse ter sido provocada por outra pessoa. Sempre achou que foi culpa do meu pai, que ele escolheu se suicidar?" Kelvin disse.

Dona Gama assentiu e suspirou: "É fácil conversar com você, eu nem precisei dizer e você já adivinhou. Você está certo, sempre achei que foi seu pai quem manipulou o carro, causando o acidente. Mesmo depois, quando seu avô soube do Hector, acreditando que Hector tinha conhecimento e causou a morte dos seus pais, eu ainda achava que foi seu pai quem fez isso."