Casamento Impulsivo romance Capítulo 49

Bárbara deu algumas instruções sérias para Kelvin, antes de deixar o motorista ligar o carro.

Kelvin achou aquilo engraçado. Será que ela o estava tratando como uma criança?

"Você pode ficar tranquilo, eu sei como me comportar, não vou te fazer passar vergonha."

"Não é vergonha que eu tenho medo," Bárbara disse, corando, "eu só não quero que você se sinta desconfortável."

No departamento, algumas das colegas mais velhas, que já eram casadas, adoravam fazer brincadeiras.

Assim que vissem Kelvin, com certeza não faltariam piadas, e ela temia que ele, com sua timidez, acabasse se irritando e indo embora, deixando todos em uma situação constrangedora.

Por isso, ela fez questão de chegar um pouco mais cedo.

Assim, quando chegasse a hora, todos estariam ocupados entrando no ônibus. Uma vez dentro do ônibus, cada um sentaria em seu lugar e logo estariam todos dormindo, evitando assim as brincadeiras.

No entanto, por terem chegado tarde, as colegas mais velhas do departamento já haviam passado um bom tempo discutindo.

A conversa girava, principalmente, em torno da aparência do marido de Bárbara. Natália havia comentado antes que o marido de Bárbara não era muito bonito.

"O que vocês acham? Como será que é o marido da Barbie?"

"Eu acho que ele não deve ser tão feio, não. Como a gente pode confiar na Natália? A Bárbara é tão bonita, não iria escolher alguém feio," disse o marido de uma colega, confiante.

Ele já tinha visto Bárbara, por isso se sentia à vontade para dizer isso.

"Ah, você não entende de nada. Desde sempre a beleza e a feiura andam juntas. Mulheres bonitas gostam de homens feios," retrucou outra colega.

Seu marido riu e brincou: "É por isso que você me escolheu, tão bonitão."

A colega ficou sem palavras.

"Chega de discussão. O marido da Barbie pode até não ser um galã, mas ele é um bom homem. De que adianta ser bonito? O que conta mesmo é o caráter," Janete interveio, em defesa da Bárbara.

Todos sabiam que ela e Bárbara eram muito amigas e dividiam o mesmo quarto.

Quando viram a aparência de Kelvin, também soltaram um "uau", claramente emocionadas.

Bárbara e Kelvin ainda estavam alheios ao que estava acontecendo. Bárbara havia descido primeiro para pegar as malas.

Mas, claro, o motorista não a deixaria carregar as malas.

Depois de ajudar Kelvin a sair, ele correu até o porta-malas para pegar as bagagens.

Kelvin, vestindo um sobretudo cáqui sobre uma camiseta branca e calças casuais, com seus 1,85m de altura, pernas longas e retas, exibia um ar de maturidade e estabilidade.

"As malas ficam aqui, podemos subir," Bárbara instruiu o motorista, colocando as malas no bagageiro do ônibus e segurando uma mochila pequena enquanto falava com Kelvin.

Kelvin assentiu.

No entanto, com um gesto discreto, apontou para cima e perguntou baixinho: "O que está acontecendo?"

Foi quando a Bárbara olhou para cima e viu que o ônibus inteiro estava de olho neles.