Casamento Impulsivo romance Capítulo 551

Melisa também era uma pessoa de coração partido.

Antes de desaparecer, ela arrumou tudo para sua filha e ainda depositou uma grande quantia de dinheiro para ela. Mandava um valor todo mês para a conta, cumprindo assim com sua responsabilidade de mãe.

Mas o que ela não esperava era que a pessoa em quem confiou não prestava, Tom era um verdadeiro canalha.

Pegou o dinheiro dela, mas não cuidou da filha como deveria.

"Barbie, para de beber, você já está bêbada."

No bar, Bárbara convidou Nair para beber. Por estar com o coração apertado, ela bebeu duas doses de uma só vez.

Logo depois, começou a ficar tonta, a cabeça pendendo, mas mesmo assim, tentava alcançar o copo novamente, sendo impedida por Nair.

"Nair, deixa eu beber, hoje eu quero esquecer dos problemas. Se eu ficar bêbada, pelo menos eu me livro das preocupações."

Bárbara gesticulava, tentando afastar a mão de Nair.

Mas Nair respondeu: "Mas quando a bebida passar, os problemas continuarão aqui. Então, beber não vai resolver nada, só vai te fazer mal."

"Mas agora, eu estou muito triste, por que ele não pode confiar em mim? Mesmo eu tendo ajudado tanto, ele ainda acha que eu errei?" Bárbara levantou o rosto, com os olhos cheios de lágrimas.

Nair, pensativa por um momento, disse: "Talvez o erro não seja seu, mas sim dele. Por que se punir por algo que outra pessoa fez, se machucando ainda mais?"

"É ele quem está errado? Sim, ele está errado. Claro que está, eu não sou um passarinho para ser mantido numa gaiola, a falta de confiança dele é o erro dele." Bárbara concordou, balançando a cabeça.

"Nair, vou ao banheiro."

Bebida demais fazia seu estômago revirar, e ela se levantou cambaleante em direção ao banheiro.

Como Nair poderia deixá-la ir sozinha naquele estado?

Rapidamente, ela se levantou e a acompanhou até lá.

Há tempos não se viam, e Yara estava visivelmente mais magra e abatida, suas roupas já não tinham o mesmo glamour de antes.

Olhava para Nair com uma mistura de ressentimento e ódio em seus olhos!

"O que você está fazendo aqui?" Nair perguntou, confusa.

Yara respondeu: "Voltei para resolver algumas coisas, e logo no primeiro dia, dou de cara com você. Isso é o quê? Destino cruel? Nair Marinho, eu sei que foi você quem armou contra mim."

"Você está falando besteira, não estou entendendo nada." Nair respondeu friamente.

Yara retrucou com um bufo: "Para de fingir, eu sei que você me odeia, por causa do seu irmão, você sempre me odiou. Mas o que aconteceu com ele não foi culpa minha, eu já paguei a indenização que devia à sua família, por que você não consegue me perdoar? Naquele dia, eu não droguei você nem a Bárbara, foi você quem armou tudo, não foi? Você não pensou duas vezes antes de se machucar para tentar me destruir na empresa, me fazendo impossível de continuar em Cidade Oceano. Você é cruel."

"Uma indenização pode compensar uma vida?" Nair questionou, com angústia em seu olhar.

"Sim, eu sei que dinheiro nenhum traz uma vida de volta. Mas agora, depois de tudo o que você fez, eu estou sem nada, nossas contas deveriam estar acertadas. Daqui para frente, vamos fingir que nunca nos conhecemos. Se você continuar me perturbando, eu vou até o Grupo Martins e conto que foi você quem armou toda a história das drogas, aí vamos ver como o Grupo Martins vai lidar com você. Mesmo que eu não entenda por que eles dão tanta importância à Bárbara, eles com certeza não vão querer alguém como você por perto."