Casamento Impulsivo romance Capítulo 597

Kelvin e Bárbara não retornaram ao hotel, optando por passar a noite naquela mansão.

Elma providenciou novas roupas de cama e arrumou um quarto para eles.

Ao ver Elma e seu pai entrando juntos no mesmo quarto de forma tão natural, o rosto de Kelvin escureceu.

"Eles não estão juntos há apenas um dia, já são vinte anos de convivência. Você se irritar agora não é um pouco tarde?"

Bárbara tentou consolá-lo ao ver seu rosto carregado de irritação.

Irritado, Kelvin respondeu: "Mas é a primeira vez que os vejo juntos. Ele sempre pedindo desculpas a nós, irmãos, por ter 'perdido' nossa mãe e, agora, vive com outra mulher. Para ele, o amor é tão barato assim? Se minha mãe soubesse, não consigo nem imaginar quão dolorido seria para ela."

Após desabafar sua frustração, respirou fundo e, segurando os ombros de Bárbara, jurou com sinceridade: "Barbie, pode confiar, eu nunca serei infiel como ele. Eu te amo, e isso nunca vai mudar."

"Mas se um dia, por azar, eu partir, espero que você consiga me esquecer e recomeçar." Bárbara falou seriamente.

Kelvin a encarou, perplexo: "Por quê? Você quer que eu te esqueça e me apaixone por outra pessoa?"

"Claro que não," respondeu Bárbara, com seriedade. "Embora eu deseje que você sempre se lembre de mim, mais do que tudo, eu quero que você seja feliz. Porque eu te amo! E é por isso que, mais do que qualquer pessoa, espero que você encontre a felicidade. Acho que sua mãe, amando tanto seu pai, desejaria o mesmo."

"Você está tentando justificar as ações dele!" Kelvin sorriu amargamente, abraçando-a. "Entendi o que você quis dizer. Ele estar vivo já é uma sorte diante da infelicidade. Conseguir superar aquele período de dor também é. Devo me sentir grato, em vez de ressentido por ele ter esquecido minha mãe e se apaixonado por outra pessoa."

"Que bom que você compreendeu." Bárbara acariciou suas costas, dizendo.

"Claro que devemos contar a eles," Kelvin afirmou. "Com a saúde do vovô como está, não sabemos quanto tempo mais ele terá. Para ele, ver o filho mais uma vez seria muito significativo. Minha irmã é alguns anos mais velha que eu e passou mais tempo com nossos pais. Seus sentimentos por eles são mais profundos; ela certamente gostaria de vê-lo novamente."

"Mas ele talvez não queira vê-los. Ele só reconheceu você por extrema necessidade, então talvez devêssemos consultar sua opinião antes de decidir!" Bárbara lembrou.

Kelvin discordou: "Ele não quer ver, então ele não vê? Conheço a dor que ele passou, mas como homem. Depois de tantos anos, ainda não conseguir encarar e superar é um pouco..."

É um pouco covarde!

Ele hesitou em usar a palavra, mas sua expressão de desdém disse tudo.

Bárbara suspirou internamente, discordando de sua visão, mas não entrou em debate.