Casamento Impulsivo romance Capítulo 77

Bárbara e Janete passaram o dia inteiro fora, mas finalmente conseguiram progredir no projeto.

Quando voltaram à empresa, Nilo também já tinha retornado.

Ao saber que elas tinham ido atrás do projeto, fez questão de perguntar como tinha sido.

"Ah, sei lá."

Janete respondeu com um resmungo e revirou os olhos antes de sair.

Nilo ficou confuso por um momento, e disse:

"Ela está de mal com o mundo hoje?"

Nilo perguntou para Bárbara.

Com um sorriso sem graça, Bárbara explicou: "Gerente Oliveira, não fique chateado, a Janete deve estar só cansada. Eu posso te passar as informações. Hoje nós…"

"Isso aí, fizeram um bom trabalho. Amanhã continuem nesse mesmo caminho. Qualquer problema só me avisem, e se precisarem de ajuda, podem contar comigo. Ah, e aquele problema com o Yago já está resolvido, você não precisa mais se preocupar com ele te incomodando." Nilo ouviu atentamente e concordou com a cabeça.

"Obrigada, Gerente Oliveira. Desculpa por envolver você nisso, era algo pessoal meu, mas mesmo assim você me ajudou." Bárbara agradeceu.

Nilo voltou para seu escritório.

Bárbara retornou ao seu lugar.

Vendo Janete ainda com uma cara de poucos amigos, Bárbara tentou consolá-la baixinho: "Janete, não fica assim. O Gerente Oliveira é nosso chefe, apesar de tudo… você não deveria tratá-lo mal."

"Eu não estou tratando ele mal, eu só… ah, deixa pra lá." Janete murmurou, baixando a cabeça.

Logo chegou a hora de ir embora.

Todos começaram a guardar suas coisas para sair.

Janete, que não queria fazer hora extra hoje, juntou as suas coisas e saiu com a Bárbara.

Mas Bárbara tinha carona, e logo uma carro familiar parou na porta.

Com um sorriso no rosto, Bárbara se despediu: "Janete, eu já vou indo."

"Okay, até mais."

Janete acenou, observando Bárbara entrar no carro antes de caminhar desanimada em direção ao seu dormitório.

"Janete."

Quando estava prestes a entrar no prédio, alguém chamou seu nome.

Rapidamente, levou as mãos ao rosto dela para enxugar as lágrimas.

Esse gesto fez Janete se lembrar de quando ele, na faculdade, também tinha enxugado as suas lágrimas.

"Como eu nunca percebi que você era gay?"

Nilo sem saber o que falar, disse:

"Eu não sou."

"Não é esse boato que está correndo pela empresa toda? Todo mundo viu você de mãos dadas com o herdeiro…"

"Se você sabe disso, deveria também saber que meu pai é o Presidente Oliveira da matriz."

"E daí? Não acredito que você tem uma família tão influente e se fez de pobre conosco. Lembro que te paguei almoço por uma semana." Janete reclamou, sentindo-se injustiçada.

Nilo sorriu e disse: "Eu nunca disse que era pobre, você que entendeu errado. Se você insistiu em me pagar o almoço, como eu poderia recusar uma gentileza dessas?"

"Sim, sim, a culpa é minha, eu que sou uma idiota. Então me devolve o dinheiro daquela semana de almoços." Janete estendeu a mão, falando de forma agressiva.

Nilo disse: "Não tenho problema nenhum em te devolver o dinheiro, mas preciso deixar uma coisa bem clara, eu não sou gay. Por algumas razões inevitáveis, nós dois teremos que fingir ser um casal gay. Assim que alcançarmos o nosso objetivo, mas logo vamos esclarecer o mal-entendido. E o único motivo pelo qual estou fazendo isso é porque não quero que meu pai organize um casamento às cegas para mim. Ele quer controlar tudo na minha vida, inclusive com quem eu me caso, e eu não estou disposto a aceitar isso."