Casamento Rápido, Marido Rico romance Capítulo 1189

Ela havia se esforçado tanto para tirar Daulo de Madalena e se tornar sua esposa, que, por mais difícil que fosse o caminho, estava determinada a seguir em frente. Caso contrário, Madalena só a ridicularizaria, dizendo que ela mereceu o que estava passando.

- Durma logo, pare de se revirar na cama. Bernardo nem é seu filho. Minha irmã talvez nem esteja perdendo o sono por causa disso, mas você, como tia, está tão assustada que não consegue dormir? - Disse Daulo enquanto abraçava Juliana e bocejava. Ele fechou os olhos e murmurou. - Estou morto de sono.

Juliana resmungou em seu coração. Ela não estava preocupada com Bernardo. Ele era uma criança terrível, destruiu tantos dos seus produtos de beleza e maquiagem. Ela odiava aquele garoto. Quando viu Bernardo ser levado, sentiu apenas um choque momentâneo, sem nenhuma preocupação, até um pouco de satisfação. Ela franziu a testa, olhando para o teto, revivendo a cena na mente.

Só Aurora e Madalena eram boas e generosas o suficiente para mandar alguém resgatar Bernardo. Juliana pensou que, se fosse ela, jamais resgataria Bernardo. Se ele fosse sequestrado, melhor ainda, assim Carolina não seria tão arrogante.

Daulo logo voltou a dormir profundamente, seu ronco suave preenchendo o quarto silencioso.

Juliana não podia revelar a verdade e teve que guardar tudo para si. Suspirou, tentando acalmar a mente e finalmente adormeceu, mas seus sonhos estavam cheios de pesadelos. Em um momento, ela sonhava que Michel era levado por bandidos, machucado, com as pernas quebradas, jogado na rua para mendigar. Em outro, sonhava que sua família inteira estava morta, os corpos enfileirados... A cada pesadelo, ela se revirava na cama, murmurando palavras inaudíveis.

...

O trovão ribombante acompanhava a chegada da chuva de primavera.

Aurora acordou assustada com o som do trovão. Se sentou na cama rapidamente, os olhos arregalados e o coração batendo acelerado. Ao abrir os olhos, viu que já estava claro e decidiu se levantar.

Quando ela se levantou, Bruno também se mexeu na cama, abrindo os olhos sonolento.

- Querido, durma mais um pouco. Você voltou tarde ontem à noite. Vou preparar o café da manhã e te chamo quando estiver pronto. - Aurora foi até a janela, abriu a cortina e olhou para fora. Ainda chovia, as gotas batendo contra o vidro criando uma melodia suave. Então puxou a cortina de volta e disse a Bruno. - A chuva não parou. Você não poderá correr hoje de manhã. Continue dormindo.

Voltar tarde e acordar cedo realmente era cansativo. Bruno se jogou de volta na cama, puxou o cobertor e se cobriu, aproveitando a rara oportunidade de ficar na cama. Ele sorriu sonolento, agradecido.

Vendo que ele voltou a dormir, Aurora saiu do quarto em silêncio para fazer o café da manhã.

A Sra. Erica já estava acordada. Ela estava na varanda praticando Tai Chi, seus movimentos eram lentos e graciosos, uma expressão de calma em seu rosto.

- Bom dia, vovó.

- Bom dia, Aurora.

- Bruno, esta casa está tão silenciosa.

- Depois vou pedir para a dona Izete trazer o Floquinho e os outros de volta. A casa vai ficar bem mais animada.

Aurora disse sorrindo:

- Eu até esqueci dos três pequenos. Faz tempo que não os vejo.

A Sra. Erica resmungou:

- Eu queria ter uma netinha para brincar.

O casal fingiu que não ouviu, trocando olhares cúmplices e ligeiramente embaraçados.