Cativa do Sheik —Você é louco?

Raed
Luke está com o rosto contorcido depois do soco que eu dei nele. O sangue pinga pela boca.
—Você é louco?
O ódio me consume.
—Louco? —Eu urro. —Que espécie de cara é você que a deixa sozinha no meio da noite?
Luke se ergue.
—Sozinha? Ela estava com você! Você que deveria estar se sentindo culpado! Achei que iriam se acertar e não que você a dispensaria. —Diz em tom acusatório.
—Você estava transando com ela, seu desgraçado!
Luke ri e olha para os lados. Isso me dá vontade de lhe dar mais um soco.
—Eu? Transando? Essa garota é um freezer. Não tivemos nenhum contato. —Ele diz baixo. —Eu a contratei para ser uma companhia pública. Você esteve com ela esse tempo todo e não conhecia a mulher que tinha? Ela é louca por você, seu imbecil!
Foi pior que um soco e sinto uma dor dilacerante no peito. Uma senhora entra na sala de espera.
—Deus! Luke! —Ela lhe dá um lenço antes que o sangue manche sua camisa.
Eu me sento na cadeira e coloco a cabeça entre as mãos. A culpa me vem em cheio com a revelação. E principalmente a de não ter falado meus sentimentos para ela há muito mais tempo.
Insegurança a fez se afastar de mim?
Mas por que ela se colocou nessa situação?
O médico entra no consultório e eu me levanto imediatamente.
—E então?
—Tiramos a pressão cerebral com a operação. Ela está em coma induzido até ela estabilizar. Não sabemos ainda se ela terá sequelas.
—Allah! —Digo, me sentindo o homem mais infeliz da face da terra.
Isabela
Eu abro os olhos com dificuldade. Meu rosto dói, minha cabeça dói. Tudo ao meu redor é nebuloso. Ouço um barulho ao meu lado e uma pessoa se levanta e me
—Isabela!
Vejo um homem se inclinando para mim. Tento puxar na memória o que aconteceu e quem é esse homem. Ele é parece abatido e ao mesmo tempo é a personificação de beleza e poder. Seu rosto exala uma masculinidade pura. A imagem dele flutua e eu fecho os olhos novamente.
Isabela?
Nem o nome que ele me chamou eu me lembro.
Tudo é um vazio. Desesperada tento me mover, mas estou tão cansada que só fecho os olhos.
—Allah! Isabela. Olha para mim. — Ele tem um sotaque carregado. Sua voz é profunda, gostosa.
Eu tento forçar meus olhos a se abrirem. Seu olhar é preocupado. Sofrido. Meu cérebro tenta a todo custo reconhecê-lo.
—Quem é você? —O questiono num fio de voz.
O rosto dele chega mais perto, vertiginoso. Ele passa a mão nos meus cabelos, mas até isso dói. Meu couro cabeludo está sensível eu tiro a mão
—Não se lembra? —Ele pergunta.
—Não.
rosto se contorce em dor. Ele ofega, sua boca se aperta. Ele
—Descansa. Isso deve ser momentâneo.
— O que aconteceu comigo?
Ele me estuda.
acidente de trânsito. Mas não se preocupe, você ficará bem. Sofreu apenas escoriações, mas nenhum osso foi quebrado. — Ele sorri de modo
Assinto. Embora eu não tenho ideia de como, mas o meu interior diz que estou segura com ele, que não preciso temer, pois ele está aqui e tomará conta
que o conheço. Algo me diz que o
que não consigo me lembrar de