Cativa do Sheik Epílogo

Raed
Isabela é a imagem da serenidade, embora esteja sentindo dores de parto. Eu não, estou nervoso, irritado com a demora do médico. Esbravejo com a enfermeira como um leão enjaulado e com fome: — Mas onde está esse médico?
Isabela olha para mim.
—Raed, calma! — Ela diz e prende a respiração quando vem uma nova contração.
Finalmente o médico aparece.
—Ficará ou sairá? —Ele me questiona.
Eu a olho determinado.
—Vou ficar.
O médico assente e colocando um pano azul a faz abrir suas pernas e seus dedos sob a luva cirúrgica a examinam. Ele então nos encara.
—Precisa de mais dilatação. Ainda está no início.
Isabela
Raed ofega, passa a mão no cabelo num gesto nervoso.
—Ele não vai ficar aqui? —Ele questiona e amarra a cara quando o médico sai.
Eu rio.
—Raed, você o ouviu. Precisamos ter paciência e esperar.
Ele passa a mão na minha testa suada e depois aperta minha mão apreensivo. Uma nova onda de dor me faz fechar os olhos e gemer. Raed aperta a minha mão para me dar segurança.
—Se eu pudesse tomaria seu lugar, sofreria por você. —Ele diz.
Tadinho, parece angustiado.
Quando ela passa, consigo respirar.
—Eu sei, habibi.
Ele me beija na testa.
Fiquei uns vinte minutos, nessa agonia. Eu pude sentir esse tempo todo como Raed estava agitado embora o médico de tempos em tempos mede a minha dilatação.
—Está pronta. — O médico olha para mim. —Você já está com a dilatação necessária.
Eu aceno um sim, cheia de dor. As contrações agora estão mais fortes e constantes.
—Quando vier a próxima contração, faça força.
Raed se inclina.
ele disse para acabar com essa agonia. Vai habibi, você consegue.
A contração vem forte e eu faço uma força danada. Tudo parecia estar rasgando dentro de mim.
Nada!
—Mais uma vez, princesa. —O médico diz.
Eu faço força quando vem a contração, parece que vou morrer de dor nessa hora.
—Já estou vendo a cabecinha. —O médico me diz. — Continua, vamos!
—Vai habibi.
Segurando com força a mão de Raed eu faço mais força, quase não aguentando mais. Então o chorinho do nosso filho e o alívio quando, finalmente, ele surge nas mãos do médico.
—Um garotão! —Ele diz.
Emocionada, olho para Raed, seus olhos estão marejados de lágrimas que ele não conseguiu conter pela emoção.
médico entrega ao pediatra que faz alguns procedimentos até trazê-lo para nós. Ele o apoia em meu peito. Eu sorrio ao ver a quantidade de cabelos negros do nosso
emocionado beija minha testa e depois a cabecinha do nosso filho. Ele então olha para
tem me feito o homem mais feliz dessa vida, nosso filho hoje veio completar mais essa
—Oh, Habibi... —Digo emocionada.
Raed
Um mês depois...
sentado ao lado de minha linda esposa, minha madrasta com nosso filho nos braços e meu pai o olhando como bobo. Isabela sorri para mim com ternura. Eu pego a sua mão e levo aos lábios.
meu anjo. Está uma tarde
acena um sim. E eu me levanto primeiro e estendendo a minha mão, a ajuda a levantar.
de mãos dadas. Sentindo-me feliz, enlaço Isabela e a trago junto ao meu corpo, no meio do nosso oásis particular, o jardim de nossa casa eu paro de andar e a envolvo em meus braços. Entre jasmins, roseiras e damas da noite, cheiro o perfume dos cabelos da minha esposa. Isabela se aconchega mais em meus braços e apoia sua cabeça no meu peito. Momentos depois ela ergue seu rosto para mim. Seus olhos verdes seguram os
feliz com você...Nunca pensei que alcançaria a plenitude da felicidade com alguém. —Ela confessa. —E você? Esperava ser feliz
sorrio e passo a mão nos cabelos dela.
eu sabia que no momento que eu conquistasse o seu coração eu viveria a plenitude