Vai dar tudo certo Aria. Quando chegamos o lugar já se encontrava cheio. Sempre com um sorriso no rosto, cumprimentamos nossos convidados.
– Está magnífico! – Olícia diz e me abraça.
Sua alegria me contagiou.
– Filho, você encontrou a mulher do pote de ouro. – Vincent falou e veio até a mim. – Peço desculpas, mas dei uma fuxicada em seu projeto. Precisava ter certeza do seu potencial.
Não fico surpresa, sei que ele fez isso pelo seu filho. Mesmo eu sabendo que Matthew também deu umas olhadas. Eu sei que foi mais por curiosidade. Isis falou que pegou Matthew dando uma olhada em minha agenda também, mas quando viu Isis ele se fingiu de desentendido e foi embora.
– Sem problemas, Sr. Dawson…
– Vincent, querida. – Ele me corrigiu. – Ou pode me chamar de sogro.
Dou um sorriso sem graça e concordo com ele. Eu já sentia dores em cada lado do meu rosto de tanto que eu sorria. Até então tenho recebido muitos elogios e algumas pessoas querendo fechar parceria como Matthew me avisou que aconteceria. Educadamente mudei de assunto voltando para meu restaurante ou consegui sair de fininho. Em todas as conversas consegui manter sobre meu restaurante, deixando as pessoas cada vez mais interessadas.
– Aria! Você vai mesmo me fazer mudar para Nova York?
Reconheço essa voz. Olho ao redor em sua procura e quando vejo Lauren, eu quase pulei em seus braços.
– Por favor, venha! – Imploro.
É óbvio que eles estavam na lista. Achei que eles não iriam vir por causa do trabalho.
– Olha que eu venho junto em. – Ian falou enquanto come um bolinho.
Eu sorri e fui em sua direção para abraçá-lo, mas fui impedida.
– Você pode continuar em Los Angeles. – Matthew falou me mantendo ao seu lado. – Ninguém te quer.
– Eu quero. – Murmuro para Matthew, o mesmo beliscou minha cintura. – Ai!
– O amor de vocês é lindo. – Ian falou terminando de comer seu bolinho e veio até a gente. – Meus parabéns pelo restaurante. – Ian abraçou nós dois ao mesmo tempo.
– Obrigado, Ian. – Retribuir o abraço.
Assim que me afasto de Ian, eu olho para Lauren.
– Eu apoio você morar em Nova York.
Lauren é um amor de pessoa e adoro estar com ela. Sinto falta de ter uma amiga e poder conversar sobre coisas de mulheres, mas não posso me queixar. Isis, agora minha assistente, tem sido uma amiga. Não somos muito íntimas, mas temos conversado bastante sobre tudo.
– Pensarei com carinho no assunto. – Lauren diz segurando minha mão.
– Matthew, vamos poder jogar videogame até dizer chega. – Ian passou o braço lembro ombro do amigo. Ambos tinham quase a mesma altura.
– Nem sonhando! Eu pago para te expulsarem de Nova York.
– Cara, porque você não é legal igual a Aria? – Ian perguntou fazendo uma cara de tédio.
A noite seguiu em completa harmonia. A inauguração do restaurante foi um sucesso. A imprensa garantiu boas fotos desse evento e já tinha algumas matérias na internet falando sobre o assunto ou melhor falando sobre mim. Ainda não estou conseguindo acreditar em tudo que está acontecendo.
– A gente não precisa ficar até todo mundo ir embora. – Matthew sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar toda.
– Matthew…
– Tenho uma coisa pra você. – Matthew saiu de trás de mim e me deu uma sacola pequena. Olho desconfiada para ele. Matthew Dawson me dando presente? – Abre logo, Aria.
Matthew sem paciência? É esse Matthew que eu conheço. Reviro os olhos e vejo o que tem na sacola. Tento não chorar. Era uma máquina de costura em miniatura com meu nome e da minha vó. E a melhor parte é que era uma miniatura da máquina original. Lembro de ter falado sobre a máquina com a mãe dele. Olho para ele.
– Como você sabia? - Sinto os olhos marejados.
Matthew evita olhar para mim. Tímido? Nunca passou pela minha cabeça ver essa versão do Matthew.
– Sei que sua avó era importante para você e sua ligação com ela através da costura. – Ele coçou a nuca ainda evitando me olhar. – Então pensei que seria legal ter ela na sua primeira de muitas conquistas. – Quase não consegui ouvir suas últimas palavras.
Ainda me segurando para não chorar, sorrio para ele.
– Por que você não pode ser assim sempre? – Matthew me olha, mas logo virou o rosto. – Não é fraqueza verem o seu lado bom…
– Vou chamar Kelvin para irmos embora. – Ele muda de assunto e sai.
Eu respiro fundo, fechando meus olhos.
[…]
Em casa eu vou direto para meu quarto tomar um banho. Meu pé doía, nunca fiquei tanto tempo de salto alto até hoje. Sei que não será a última vez. Ao sentir água pelo meu corpo, automaticamente sinto o cansaço ir embora. É óbvio que amanhã eu não saio da cama antes do meio-dia e com esse pensamento não demoro no banho. Quero minha cama. Me enrolo na toalha e saio do quarto.
Paro assustada na porta do banheiro vendo pétalas de rosas na minha cama e pelo chão. Não muito distante está Matthew segurando duas taças e uma garrafa de champanhe. Me pergunto se esse homem nunca fica feio. Matthew ainda está de terno, mas agora sem gravata e com uns botões abertos. E claro seu cabelo levemente bagunçado, os fios caindo sobre sua testa. O que deixa mais jovem e sexy.
– O que está acontecendo? – Arrisco perguntar.
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