Mas tarde quando chego em casa encontro com Anna na cozinha, pego algo para comer e vou para meu quarto. Ao entrar no quarto encontro com um Matthew sem camisa, apenas de calça moletom mexendo no celular. Assim que ele me ver se aproxima e pega um pedaço de bolo que está em meu prato.
– Onde estava? – Matthew pergunta na tentativa de pegar mais do meu bolo.
Desvio dele indo para cama.
– Passei a tarde com Lauren. – Começo a comer meu bolo.
Matthew senta na minha frente olhando para o meu bolo. Faço uma careta.
– Hoje é sábado. Você quer fazer alguma coisa? – Ele tenta pegar meu bolo.
– Matthew, saia!
– Aria, você precisa aprender a dividir… Me dá um pedaço.
– Tem mais na cozinha!
– Vamos nos casar e você não pode dividir um bolo?
– Dividir o bolo não está no contrato. – Dou meu melhor sorriso e me afasto dele.
Matthew passa a mão pelo cabelo.
– Eu estava pensando em te levar na confeitaria e Pizzaria de um amigo meu, mas…
– Espera! – Como mais um pedaço de bolo deixando um pedaço pequeno para ele. – Aqui. – Vou até ele e ofereço o bolo.
Matthew deu as costas para mim. Coloco o bolo em cima do criado-mudo e abraço ele por trás deixando um beijo na sua costas. Ele está quente e é bom sentir sua pele na minha. Matthew virou o rosto de lado querendo entender minhas ações.
– Eu posso ser uma boa menina, quando eu quero. – Desço minhas mãos até seu membro por cima da calça.
Matthew sorriu e negou com a cabeça.
– Usa isso enquanto pode, senhorita Barnes.
Dou um sorriso sapeca.
– Me leva e mais tarde podemos fazer o que ambos queremos muito. – Fico na ponta dos pés e sussurro em seu ouvido.
Matthew não me deixou tomar um banho antes de ir, ele disse que quanto mais demorasse para sair nós iríamos demorar para voltar. Não discutir. No caminho para Pizzaria Matthew recebeu uma ligação e tivemos que fazer um desvio e fomos para sua empresa. Dou um voto de confiança e quando saímos do elevador avisei que esperaria ele ali. Quinze minutos se passaram e nada do Matthew voltar. Resolvo ir atrás dele.
– Não me importo com o que você pensou. Eu dei uma ordem? Você tem que seguir! É para isso que te pago. – Matthew dizia furioso a um homem. – Gostou de está no meu lugar? Parabéns, agora está no olho da rua!
Me encolhi com seus gritos. Da última vez que estive aqui só tinha uma mesa para sua secretária, agora tem três mesas e mais duas mulheres junto com a ruiva que me atendeu na última vez. Isis me disse que Matthew tem cerca de cinco assistentes e que a ruiva, Vanessa, não estava dando conta de resolver tudo sozinha no prédio.
– Não me demita, por favor. – O homem choramingou. – Por favor, senhor Dawson. Me desculpe!
‘O Sr, Carr está ferrado!’
As assistentes começaram a cochichar. Ninguém tinha me visto ainda. A discussão do Matthew com o pobre homem que agora chorava está chamando toda a atenção. Me pergunto o que esse povo está fazendo trabalhando até agora. Hoje é sábado e já passava das sete da noite.
‘Todos sabemos que o Sr. Dawson nesse último mês tem estado furioso por qualquer coisa.’
‘Isso é verdade, mas não entendo. Por que deixar Sr. Carr finalizar esse contrato?’
‘Também não entendo. Esses tipos de contrato de alto nível… Acho que aconteceu alguma coisa na família dele.’
‘Ou deixou o trabalho de lado para ficar com aquela tal de Aria.”
Esse último comentário foi da Vanessa.
Elas três se olharam e disseram ‘Não’ e riu negando com a cabeça. Ambas não acreditam que Matthew largou o trabalho para ficar comigo. Eu também não estou acreditando, mas não aguento ficar parada. Esse homem pode ter errado, mas… Não me aguento e me aproximo de Matthew chamando a atenção delas. Estou realmente com pena do homem.
– Matthew. – O chamo.
Uma versão do Matthew que nunca mais quero ver é essa. Ele está vermelho de raiva e ao me ver fechou os olhos por alguns segundos antes de vir até a mim. Uma coisa que ele não perde é a elegância. Ele pode não estar bravo comigo, mas encolhi um pouco o corpo enquanto se aproximava. Matthew percebeu.
– Querida. – Matthew alisa meu braço e beija minha testa. – Por que você não me espera no carro? Eu já desço.
Com muito esforço tento não fazer uma cara de chocada. Nem em Ibiza ele me tratou desse jeito. É nítido que Matthew está fervendo de raiva. Seja o que o homem tenha feito não era algo que se pudesse deixar pra lá. Mas posso deixar Matthew continuar gritando com o pobre homem?
‘Desde quando o Sr. Dawson é tão carinhoso assim?’
Eu escuto uma das assistentes dizer e logo reclamar de dor. Uma delas deve ter chamado sua atenção. Matthew ouviu e lançou um olhar que se fosse para mim eu teria me mijando toda. Seguro sua mão chamando sua atenção.
– Desça comigo?
Seja o que tenha acontecido, não tem como voltar ao passado. Estou com pena do Sr. Carr, ele aparentava ter uns trinta e poucos anos e está de cabeça baixa como se fosse um garotinho que desobedeceu seus pais e agora está levando uma bela de uma bronca.
– Aria…
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ceo Vadia nas alturas