Chamas da Paixão romance Capítulo 28

Jane estava se recuperando no hospital, mas estava inquieta.

- Como você voltou? - Cristina não esperava ver Jane no Clube Internacional do Imperador naquela noite. - Você ainda está doente.

- Cristina, estou bem, já descansei o suficiente. Estou preocupada com as dívidas que tenho acumulado. Então, você poderia... Por favor, poderia ajudar a ver se há algum trabalho que eu possa fazer? Eu... posso fazer qualquer coisa.

- Você... - Cristina olhou para ela, que estava humildemente diante de si, mas com um olhar teimoso, e não conseguiu mais dizer uma palavra.

Suspirando, Cristina respondeu:

- Vou ver.

- Cristina. - Jane parou Cristina, que estava prestes a sair. - Cristina, eu... Obrigada.

Depois de dizer isso, ela rapidamente baixou a cabeça.

Cristina estava duvidando de seus próprios olhos... Ala estava vendo errado?

Jane... Estava corada?

Mas, havia algo digno de corar? Ela não havia ajudado muito, tudo foi feito com pouco esforço.

No final, quanto uma pessoa tinha que se humilhar, e quão profundo tinha que ser o medo e a desesperança em seu coração, para que ela possa ficar envergonhada e nervosa em agradecer por esse pequeno favor?

Presidente Gomes... O que você fez com essa mulher tola?

Cristina murmurou uma resposta indistinta, ela não conseguia mais enfrentar essa tola...

A humildade dessa idiota parecia fluir de seu sangue. Quanto mais ela era assim, menos ela ousava olhar para essa pessoa.

Uma pessoa viva e saudável!

Logo depois, Cristina voltou:

- Venha comigo.

- Sim.

Como sempre, ela nunca fazia perguntas desnecessárias.

Cristina se sentiu ainda mais desconfortável, mas lembrou-se da frase de Jane:

- Cristina, eu não valho nada.

Com um suspiro silencioso, Cristina a levou para o elevador, explicando a situação no caminho:

- Daqui a pouco, você não precisa ter medo, esse cliente sempre foi discreto e misterioso. Grupo Oliveira, você sabe, certo? O homem que estamos prestes a encontrar é o Presidente do Grupo Oliveira. Mas você não precisa se preocupar, este Presidente Oliveira, embora misterioso e discreto, retornou ao país dois anos atrás e assumiu o controle do Grupo Oliveira em apenas dois anos. Há rumores de que sua orientação sexual é... Bem... Um pouco fora do comum. Então, você não precisa temer. Daqui a pouco, não será apenas você do departamento de relações públicas que entrará na cabine, você pode simplesmente ficar no meio dos outros e servir o vinho.

Grupo Oliveira... Jane hesitou por um momento. Três anos atrás, ela ainda era a filha da Família Pereira, e como a segunda geração de empresários, obviamente sabia sobre o Grupo Oliveira.

Ela tinha um pouco de medo no coração, com medo de enfrentar aquele grupo de jovens senhores e senhoritas com quem ela brincava e participava juntos de banquetes na época... Agora, o que ela ainda tinha para enfrentar essas pessoas?

Felizmente, Cristina disse que esse Presidente Oliveira voltou para o país apenas dois anos atrás.

Jane suspirou de alívio em seu coração. Quanto à sua orientação sexual... Incomum que Cristina mencionou, por que ele viria ao Clube Internacional do Imperador e ainda escolheria garçonetes?

Ela estava confusa, mas não perguntou.

Aquilo que não deveria ser perguntado, ela não perguntaria.

Parada do lado de fora do camarote, ela respirou fundo. Ao empurrar a porta e ver tudo dentro da cabine, Jane de repente entendeu...

O Presidente do Grupo Oliveira veio ao Clube Internacional do Imperador para receber convidados.

Na cabine, havia sete ou oito pessoas do departamento de relações públicas, incluindo dois homens.

Com um olhar complexo, Cristina viu Jane entrar na cabine... Ela queria ajudar essa mulher idiota, e só podia ajudá-la dessa maneira.

Ela esperava que essa mulher idiota pudesse ganhar a liberdade e se libertar das correntes.

Deus... Não deveria ser tão cruel, certo?

- O que aconteceu com o Presidente Oliveira? Por que não está bebendo vinho?

Mesmo depois de três anos, Jane Pereira ainda estava muito familiarizada com essa voz!

O que ela deveria fazer?

O que ela deveria fazer!

Assim que seu cliente mencionar ela, ela não poderá se esconder.

Três anos depois, diante dos companheiros de brincadeiras de outrora, diante dos pretendentes que já a perseguiram, a situação dela agora era desastrosa!

O que ela deveria fazer!

Inconscientemente, Jane estava confusa. Ela estava rastejando aos pés de um estranho. Sua mão, sem perceber, agarrou a perna da calça do Presidente Oliveira, como se estivesse pedindo ajuda. Ela o segurava com força, como se tivesse agarrado à última centelha de esperança de vida.

Atrás dos óculos de armação dourada e fina do Presidente Oliveira, refletia uma luz aguda. Ele olhou para baixo e encontrou a mulher rastejando diante dele... Ele pareceu surpreso por um momento, depois retirou o toque impaciente de seus olhos, inclinou-se um pouco para a frente, pegou a taça de vinho na mesa de cristal e bebeu tudo em um só gole. No fim, levantou a cabeça e olhou para os outros com um sorriso:

- Não é nada.

Enquanto falava, ele abruptamente se levantou e, ao mesmo tempo, puxou a mulher que estava meio agachada no chão. Os movimentos foram todos em uma só sequência.

Jane não teve tempo de reagir, só sentiu que estava sendo puxada, e sua visão ficou escura. Quando abriu os olhos, percebeu que tinha sido puxada por ele acidentalmente e seu rosto estava pressionado contra o peito dele.

Ela ouviu a voz suave e cortês do Presidente Oliveira:

- Divirtam-se, pessoal. É por minha conta esta noite. - a voz melodiosa ressoou e ele saiu da sala com Jane enterrada em seu peito.

Alguns homens na sala trocaram olhares que diziam “todos nós entendemos”.

- Há rumores lá fora de que o Presidente Oliveira tem uma orientação sexual anormal, é tudo bobagem. Isso é calúnia. - um homem falou.

- Presidente Oliveira, uma bela noite vale mais que mil peças de ouro. Divirta-se!

Enquanto as piadas ecoavam, Jane foi levada para fora por um estranho. Saindo da sala, a porta se fechou silenciosamente atrás dela.