Ciclo de Rancor romance Capítulo 1198

Brendan estava com uma dor de cabeça terrível. Por um lado, ele não achava que conseguiria interromper o tratamento com Emily. Mas, por outro, se ele não parasse, Deirdre jamais o perdoaria. Isso significava que ele nunca conseguiria convencê-la a voltar para junto dele.

A voz de Emily era arrastada e profissional:

― Já deixei isso claro para você. Com seu estado mental atual, não é seguro que você fique com a senhorita McQuenny. Ela pode facilmente influenciar suas emoções. Mesmo uma pequena briga adiciona uma pressão invisível a você. Você precisa esperar até estar curado, antes de voltar para ela. Isso seria o melhor para vocês dois. ―

O rosto de Brendan estava extremamente feio. O pensamento do futuro fazia sua testa doer continuamente, fazendo suas veias incharem. Então, ele cerrou os dentes e respondeu, com firmeza:

― Não posso, nem quero, ficar longe de Deirdre. Simplesmente não consigo. Se eu a deixar, ficarei louco mais rápido! ―

A expressão de Emily era sombria e contrariada. Depois de todos aqueles dias de hipnose, ela ainda não conseguia abalar a posição de Deirdre no coração de Brendan. A médica se perguntava se, depois que ele foi para Eastgene, sem tomar a droga preparada por Ophelia, seu corpo estava se recuperando gradualmente e ficando menos suscetível à hipnose.

Sem saber como reagir, Emily só pôde confortá-lo:

― Não estou pedindo para que você a deixe. Só acho que ela está melhor na casa do senhor King. Se você sentir falta dela, sempre poderá fazer visitas, mas terá que esperar até estar bem o suficiente para a trazer de volta. Dessa forma, será mais seguro para vocês dois. ―

Aquilo que sugeria estava longe de ser o ideal e a médica tinha as mãos inquietas. Mas, ela não tinha outra escolha a não ser encontrar uma maneira de alertar Brendan de que prejudicaria Deirdre em seu estado atual.

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Nos dias seguintes, Brendan apareceu no portão da escola como sempre. Mas não se aproximou de Deirdre. Ele apenas ficou do outro lado da rua, observando-a buscar e deixar Aurora na escola, imaginando que um dia a filha deles vivenciaria a mesma cena.

Isso o fez relaxar um pouco, ao mesmo tempo em que se ressentia de seu estado mental, que o impedia de segurar Deirdre nos braços e sussurrar palavras doces em seu ouvido, como uma pessoa normal.

― Meu tio não veio falar com a gente, de novo! ― Aurora esticou o pescoço e olhou para Brendan.

Quando Deirdre pegou sua bolsa, Aurora perguntou:

― Quem te falou isso? ― Deirdre ficou surpresa com o quão razoáveis eram as palavras da menina. Ela não pôde deixar de sorrir e dizer: ― Não admira que digam que você é pequena, mas sábia. Ir para a escola primária é um desperdício para você. Em vez disso, você deveria se tornar psicóloga. ―

Aurora arrumou a própria franja, enquanto dizia:

― Então, estou certa, não estou? ―

Deirdre sorriu, mas não disse nada.

Aurora olhou para Brendan, que estava fixando o olhar em Deirdre, e depois voltou a olhar para Deirdre.

― Tia Dee, não vamos para casa hoje. Tem um lugar que eu quero ir. ―