Ciclo de Rancor romance Capítulo 131

Sem saber como afastar a mulher, sem ser indelicado, Brendan empurrou Charlene para longe:

― Não quero que você seja minha amante, nem por uma noite. Está ficando tarde, vá dormir e descanse bem. ―

Ao dizer isso, o homem passou direto por Charlene, indo para o quarto, principal para descansar, deixando Charlene sozinha no corredor. Seu rosto, delicadamente maquiado, parecia prestes a desmoronar e ela cerrava os dentes de raiva.

Então, a mulher lembrou que ele havia dormido com Deirdre, na noite anterior à sua chegada à mansão, mas ele usou a injustiça como motivo para rejeitá-la.

‘Ele está realmente com medo de ser injusto comigo, ou ele não se sente nem um pouco atraído por mim?’

Charlene não teve coragem de pensar mais. Ela baixou seu lindo olhar, pensando que precisava trabalhar mais rápido. Caso contrário, as consequências seriam inimagináveis, caso Deirdre engravidasse novamente.

Na manhã seguinte, Brendan se levantou muito cedo, com o objetivo de ir para a empresa e resolver assuntos urgentes. Depois de terminar, entrou no carro e disse ao motorista:

― Vá até o petshop mais próximo. ―

― Petshop? ― O motorista ficou surpreso. ― Você não é alérgico a animais de estimação, Senhor Brighthall? ―

― Apenas me leve. ―

O motorista não teve coragem de fazer mais perguntas. Ele dirigiu apressadamente para o petshop mais próximo. Brendan abriu a porta do carro, assim que o carro parou e entrou na loja.

Parado na estrada, o homem cogitou se deveria cobrir o nariz com o lenço para evitar que a alergia o incomodasse, mas já tinha entrado no lugar e era tarde demais. Ele franziu as sobrancelhas, mas não se encolheu.

Com paciência, avaliou os cães nas gaiolas. Até que, com um sorriso no rosto, o dono do petshop se aproximou, dizendo:

― Você encontrou um animal que seja do seu agrado, senhor? Posso tirá-lo da jaula para que veja mais de perto. ―

― Não, está bem assim. ― Brendan recuou ainda mais e tentou se lembrar da aparência do cachorrinho de Deirdre, com muito esforço, então disse: ― Gostaria de adotar um cachorrinho preto, com pelo marrom no topo da cabeça. Com cerca de um mês de idade. ―

O dono da loja de animais se sentiu incomodado, pois não seria fácil pegar um filhote com pelo marrom no topo da cabeça. Além disso, o cliente solicitou uma idade específica:

― Senhor, seu pedido é... ―

― Muito difícil? ― Brendan tirou o cartão preto da carteira e o jogou sobre a mesa. ― Dinheiro não é um problema. Você consegue o que eu quero? ―

O dono do petshop abriu um sorriso largo, enquanto respondia:

― É difícil, mas para tudo se dá um jeito! Vou conseguir um, desse jeitinho, agora mesmo! ―

No final, o dono da loja procurou muitos criadores e passou mais de três horas até encontrar um filhote adequado, que foi levado até lá e mantido em uma gaiola até que Brendan voltasse para buscar o animal.

Depois de pagar pelo cachorro, o motorista pegou a jaula. Mas, Brendan, por descuido, tinha roçado em um coelho e àquela altura, as costas da mão já estavam cobertas por uma erupção vermelha.

― Senhor. Brighthall... ― O motorista não pôde deixar de se sentir atônito. ― Você está tendo uma reação alérgica. Você gostaria de ir para o hospital? ―

Brendan não se incomodou:

― Não é nada demais. Vou ficar bem depois de tomar um remédio. Vamos embora. ―

― Claro. ―

Brendan saiu do carro, segurando a gaiola depois que chegou à mansão. O cachorrinho se enrolou na gaiola com medo, enquanto o homem subia as escadas e batia na porta de Deirdre.

A jovem estava deitada na cama e em transe, então ela não prestou atenção ao som de batida. Brendan girou a maçaneta e descobriu que estava trancada por dentro.

Isso ativou sua raiva e ele respirou fundo, antes de dizer:

― Vou contar até três. Abra a porta. ―

Atônita, Deirdre abriu a porta, antes que ele pudesse contar até três. Seu rosto estava ligeiramente pálido devido à falta de sono e ela parecia exausta:

― Você quer alguma coisa? ―

Brendan achou a visão dela irritante:

― Não me diga que você não dormiu a noite inteira, por causa do cachorro. ―

― Eu dormi, mas dormi mal... ―

Deirdre respondeu com sinceridade. Pois, apesar de não ter passado a noite em claro, acordou com frequência durante a noite e teve um sono atormentado.

Brendan visitou seu quarto na noite anterior e sabia que Deirdre estava dizendo a verdade. Então, suprimiu sua raiva, entrou no quarto e colocou a gaiola na penteadeira:

― Venha e abra isto. ―

O cachorrinho não teve coragem de ganir porque estava com medo, então Deirdre não percebeu sua presença. Ela tateou o caminho até a penteadeira e ficou confusa e atordoada quando sentiu a jaula. Ela estendeu a mão e seu rosto ficou terrivelmente pálido quando sentiu o corpo do cachorro.

― Ah! ―

Ela rapidamente retirou a mão. A gaiola foi derrubada e o cachorro ficou tão assustado que gritou. Deirdre caiu no chão, seu rosto sem sangue e seu corpo tremendo incontrolavelmente.

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