Ciclo de Rancor romance Capítulo 154

― Charlene! Você merece morrer! ―

Charlene riu. A maldição era tão gentil que ela não tinha se incomodado.

― Deirdre, você é muito ingênua. Como vou te perdoar tão facilmente quando te odeio tanto? Você é a pessoa que roubou minha vida! ―

‘Eu roubei a vida dela?’ Deirdre cerrou os dentes.

Tinha sido ela quem salvou Brendan e Charlene usou seu nome e ocupou seu lugar, fazendo uma cirurgia plástica para se parecer com ela. Agora, Charlene a acusava abertamente de ter roubado sua vida?

― Diga-me, quem roubou a vida de quem? ― Deirdre falou, com um ódio crescente, em sua voz.

Os lindos olhos de Charlene escureceram abruptamente e ela deu um passo à frente, olhando ferozmente para Deirdre:

― Cale-se! Se eu disser que você roubou minha vida, essa é verdade! Se você tiver coragem de declarar o contrário na presença de Brendan, garanto que não vai acabar bem! ― Charlene cansou do sentimento feroz e se encheu de complacência.

Ela bocejou graciosamente e disse:

― No entanto, como Brendan já a enviou aqui, para preservar minha reputação, vou ter que te perdoar, de qualquer forma. Ainda assim, com a condição de que você passe a noite no quintal. Se você puder fazer isso, direi a Brendan que estou deixando o passado para trás. ―

Deirdre cerrou os punhos:

― Você acha que vou confiar em você, de novo? ―

Charlene zombou:

― Que outra escolha você tem? ―

Ao dizer isso, Charlene saiu com uma postura graciosa, deixando Deirdre com os criados, que ainda a seguravam, na sala de estar. Os olhos de Deirdre estavam vermelhos.

No entanto, Charlene estava certa sobre ela não ter o direito de escolher.

Ela era uma estranha naquele local desconhecido. Mesmo que se virasse e fosse embora, não seria capaz de chegar em sua casa, mas se ficasse, ainda teria uma chance de permanecer viva.

Os criados não procrastinaram e prontamente levaram a jovem para o quintal.

No momento em que Deirdre saiu, o ar frio a atacou, fazendo o frio penetrar em seu corpo. Deirdre não pôde deixar de tremer de frio.

Nem mesmo a criadagem resistiu ao frio e se virou para correr para área interna. Deirdre apertou a roupa em seu corpo, sentindo que tinha sorte por suas mãos adormecidas não doerem mais.

A jovem fechou os olhos, mas sua respiração ficou mais pesada. Sua cabeça latejava de dor e sua mente se enchia com uma confusão caótica de pensamentos. Deirdre pensou que talvez não pudesse viver até a manhã seguinte. Mas, imaginou que sua morte seria uma boa notícia para todos.

Ela sentiu muita tristeza quando pensou em como Charlene e Brendan queriam que ela morresse o mais rápido possível. E a única pessoa que se importava com ela foi forçada a se mudar de cidade.

Ela se perguntou se estava muito desgrenhada e se seria inapropriado para ela encontrar Bliss e seu filho em tal estado. A tontura a inundou em ondas, e ela lutou contra ela com os dentes rangendo.

Uma das criadas não suportou mais assistir e quando percebeu que Deirdre estava quase desmaiando decidiu intervir.

Ela avisou Charlene, mas esta não se incomodou, dizendo:

― Ela já não aguenta o frio, depois de tão pouco tempo? ―

A criada forçou um sorriso:

― A temperatura caiu drasticamente porque é quase inverno. ―

Charlene não deu atenção ao comentário da mulher:

― Ela não vai morrer, por causa dos pecados que cometeu. ―

Enquanto falava, o som de um carro estacionando se fez ouvir e Charlene ficou momentaneamente atordoada, antes de perguntar, apreensiva:

― De quem é o carro? ―

― Uma hora dessas, só pode ser do Senhor Brigh... ― Antes que a criada pudesse terminar a frase, Charlene a empurrou e correu escada abaixo, imediatamente.

No momento em que Brendan saiu do carro, seu olhar subconscientemente pousou na figura parada na porta. Parecia que a figura fantasmagórica iria desaparecer no vento frio, com apenas um leve golpe.

O homem se aproximou e viu o rosto de Deirdre azulado pelo frio, seus lábios macios completamente sem cor, rachados e sangrando e todo o seu corpo tremia violentamente.

Ela mantinha as roupas apertadas em torno de seu corpo, com todas as suas forças, mas estava prestes a desmaiar. Seu rosto pálido e entorpecido não a fazia parecer diferente de um cadáver.

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