Ciclo de Rancor romance Capítulo 217

Resumo de Capítulo 217 – Nós dois iremos morrer se você fizer isso: Ciclo de Rancor

Resumo do capítulo Capítulo 217 – Nós dois iremos morrer se você fizer isso de Ciclo de Rancor

Neste capítulo de destaque do romance Romance Ciclo de Rancor, Luísa apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Quase sem visibilidade, em uma pista sinuosa, em uma encosta de montanha, Brendan só podia dirigir lentamente, mas Deirdre já havia perdido a consciência. Seu rosto tinha deixado o tom pálido azulado e agora tinha um perigoso brilho febril. Ela chamava pela mãe, em seu estado de semiconsciência.

Mesmo quando estava quase morta, a primeira coisa na mente de Deirdre ainda era Ophelia. Mas, Brendan não sentia ciúmes, porque Ophelia era tudo para Deirdre.

Ele só podia cerrar os dentes e confortá-la dizendo:

― Espere, Deirdre. Você só poderá ver sua mãe se estiver consciente. Já se passou mais de um ano desde a última vez que você a encontrou. Você não quer viver uma vida boa? Você tem que superar isso, mesmo que esteja fazendo isso apenas por ela! ―

No entanto, a situação sempre podia ficar pior e o motor do carro morreu.

O carro não voltou a funcionar e o casal ficou preso, na metade da serra, debaixo da pesada chuva de granizo e, como o carro não queria mais ligar, o aquecedor também não estava funcionando e a temperatura no veículo começou a baixar. Percebendo que não poderia esperar e contar com a sorte, Brendan tirou o paletó e envolveu o corpo de Deirdre. Então, abriu a porta, saiu na chuva e pegou a jovem no colo. Ele chegaria ao hospital, nem que tivesse que descer a montanha caminhando.

No entanto, Brendan sentiu como se suas pernas estivessem envoltas em gelo devido ao clima severo e, quanto mais andava, mais pesadas, doloridas e rígidas suas pernas pareciam, enquanto seus pés tinham cada vez menos sensibilidade.

Se aquilo continuasse, ele acabaria caindo da encosta e ele e Deirdre morreriam juntos, naquela noite chuvosa fatal.

― Bren... Brendan... ― Por fim, Deirdre recuperou a consciência, em meio a esse caos, e disse por baixo do paletó: ― Volte... Se ficarmos no carro, você sobreviverá... ― A voz da jovem era calma e segura, enquanto aceitava a própria morte. ― Por favor, cuide bem da minha mãe. Este é o meu... único desejo... ―

― Cale-se! ― Brendan estava histérico. Percebendo que a chance de chegar ao hospital era mínima, sentiu vontade de chorar e seus lábios finos tremeram. ― Eu quero que você viva! Você deve viver! ―

Cada palavra que pronunciava parecia uma lâmina de gelo que esfaqueava sua garganta e Brendan percebeu que a dor não era física, mas psicológica.

Ophelia estava morta, então ele não podia nem realizar o último desejo de Deirdre. Por outro lado, ele ainda não conseguia reunir coragem para contar a verdade à jovem e decidiu usar a mulher morta como uma fonte de motivação.

― Se você se importa com ela, prepare-se e supere isso para sobreviver! Viva para poder cuidar dela! Você está me ouvindo? ― A voz de Brendan indicava que ele sentia muita dificuldade para falar.

Deirdre desistiu e desmaiou. Mas, com passos trôpegos, Brendan seguiu em frente e, mesmo quando já não tinha mais certeza se estava consciente ou não, suas pernas continuavam a se mover, por conta própria, obstinadas. Então, uma luz iluminou o casal e Brendan imaginou se sonhava, ou se tinha morrido.

― Você é o senhor Brighthall? Entre no carro, rápido! Fomos enviados pelo hotel. Eles disseram que a vocês faziam uma viagem muito perigosa e nos enviaram para buscá-los com o Land Rover. Entre no carro, rápido! ―

Com um carro mais apropriado, a jornada para o hospital seguiu sem imprevistos e Deirdre foi levada para receber tratamento imediato, enquanto Brendan ficou parado no corredor, sentindo a pele fria como gelo. Ele não conseguia nem se mexer para se sentar. Então, o homem alto e de rosto benevolente, apesar dos traços duros e das mãos grandes e calejadas, responsável por ter resgatado Brendan, voltou, carregando algo na mão:

― Gostaria de uma toalha quente? ―

― Obrigado. ― Brendan pegou a toalha, mas seu olhar permaneceu fixo em Deirdre e ele não desviou o olhar nem por um momento. Ele só iria ao banheiro para tomar um banho quente depois de ter certeza de que Deirdre ela estava bem.

Somente quando se lembrou de tudo o que havia acontecido percebeu o quanto tinha ficado desesperado. Ele não conseguia descobrir qual tinha sido seu processo de pensamento, mas a única ideia que restava em sua mente era a de garantir a sobrevivência de Deirdre.

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