Ciclo de Rancor romance Capítulo 43

Deirdre não teve chance de reagir. Uma força bruta, surgida do nada, prendeu-se ao redor de seu pulso, esmagando-o com tanta força que ela se perguntou se trituraria seus ossos. O terror drenou a cor de seu rosto, com a realização de que Brendan os havia encontrado.

O homem olhou para ela:

― Nada mal, Deirdre! Você realmente aperfeiçoou a arte da prostituição. Da última vez que verifiquei, você estava deitada na minha cama. Mas, de repente, aqui está você, abrindo as pernas ansiosamente e implorando pela companhia de outro homem! Muito bem! Muito bem! Vocês dois teriam fugido se eu demorasse mais dois segundos para aparecer... Que ó...! ―

Sterling mal deu a Brendan tempo suficiente para terminar a frase antes de dar um soco furioso em seu nariz, enquanto gritava:

― Vai se foder, Brighthall! Caramba! Como você é capaz de falar tanta merda? Qual seu problema? Como você ousa humilhá-la assim?! ―

A força bruta e a precisão do golpe resultaram em um fio de sangue que escorria de uma das narinas de Brendan, mas em vez de devolver o golpe, ele simplesmente riu, respondendo:

― Então. Minha lição anterior ainda não ficou gravada nessa sua cabecinha mole, Fuller? Você ainda acha que pode sobreviver em Neve, não é? ―

O rosto de Deirdre empalideceu e ela decidiu intervir:

― Não. Não, não! Ela gritou. Sua voz estava audivelmente trêmula ― Você entendeu tudo errado, Brendan. Eu vim aqui para dizer a ele que acabou! Foi a única razão pela qual vim... ―

― Cale-se! ― Brendan explodiu. A fúria ardeu em seus olhos, e Sterling seria um cadáver no pavimento, se não fosse crime ― Eu não sou cego igual você ou surdo, como esse doutorzinho deve ser! Eu sei que você quer fugir com ele! Tudo o que eu disse caiu no vazio, não foi?! ―

O homem tinha plena consciência de que, se não tivesse aparecido, o casal estaria correndo, alegremente, para um país qualquer. Como Deirdre podia ser tão ingrata? Mas, uma coisa Brendan sabia: Ingratos não mereciam misericórdia.

― Não! Eu não planejava fugir! De jeito nenhum! ― Deirdre gritou.

― Ah Não? Não?! Você está aqui, conversando com esse filho de uma puta velha e leprosa e me dizendo que não ia fugir?! Eu não estraguei sua noite o suficiente, não é? Não te destruí o suficiente, já que você se jogou tão rápido no colo de outro homem, cheia de tesão! Meu Deus do céu! As marcas que deixei em você não o repelem, nem um pouco?! ―

Brendan rasgou a gola alta da roupa de Deirdre, expondo as manchas vermelhas e roxas, do estrangulamento do dia anterior. Ele elogiou a exibição, com um sorriso zombeteiro, olhando para Sterling:

― Veja bem! Aceite! Essas são minhas marcas! Ela estava debaixo de mim ontem à noite, na minha cama! Meu Deus, Fuller. Você não pode estar com tanta sede de sexo a ponto de pegar minhas sobras só para provar um pouquinho, certo? Anime-se, cara! Você não é tão feio assim, logo encontra uma mulher que te queira! ―

As marcas no pescoço eram tão condenatórias que o rosto de Deirdre ficou terrivelmente pálido, fazendo com que ela colocasse as mãos em volta do pescoço, em uma tentativa desesperada de cobri-lo:

― Pare! Solte-me, agora, Brendan! ― Ela entrava em outro colapso nervoso.

‘Por que ele me humilha assim, na frente de Sterry?! Quando ele vai parar de me tratar como lixo?!’

Os olhos de Sterling ficaram vermelhos de raiva:

― Pare com isso, seu maldito psicopata! Você não consegue ver o quanto ela odeia isso?! É por isso que você não a merece! Você nunca vai merecê-la, seu louco! ―

Ele cambaleou, dando um soco em Brendan, mas dessa vez, houve revide.

Os lábios de Brendan estavam irritados. Ele sentiu gosto de metal na boca, mas a dor não tinha lugar em sua raiva:

― Certo! Claro! Eu não mereço o amor dela, ao contrário do nobre cavaleiro branco aqui! ― Ele limpou o sangue e sorriu ― Tenho uma novidade para vocês: Eu não dou a mínima! Ela não me ama? Foda-se! Toda essa conversa hipócrita sobre amor não muda o fato de que você não pode tê-la. Tudo o que você pode fazer, seu idiota patético, é vê-la me seguir e obedecer a todas as minhas ordens! ―

‘Obedecer?’ Deirdre queria vomitar. Era como se alguém tivesse acertado um bastão em seu peito. Seu coração estava mutilado e rasgado. Lágrimas de angústia brotaram em seus olhos e não havia nada que ela pudesse fazer para detê-las.

O monstro continuava diminuindo Deirdre. Tratando-a de forma desumana. Em sua mente, ela era uma cadela pronta para ser chutada ou pisoteada sempre que ele quisesse. Ele a maltratava, como alguém maltratava um animal, mas a ideia dela abanando o rabo para qualquer um que não fosse ele, o deixava louco de ciúmes.

Nenhum homem possessivo vivo poderia ser mais doente do que Brendan Brighthall.

'Você é cruel, Brendan...'

A dor havia roubado as palavras de Deirdre. Mas, Sterling observou a agonia espalhada por suas feições e foi tomado por quantidades iguais de pânico e pesar. Ele queria correr em sua direção e ajudá-la, mas os seguranças de Brendan apareceram e ficaram em seu caminho, enquanto outros dois ficaram parados, aguardando as ordens de Brendan.

O monstro olhou com frieza para Deidre:

― Leve-a para o carro e a vigiem como se fosse a porra de um assassino em série! Não dê a ela qualquer chance de escapar! ―

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