Ciclo de Rancor romance Capítulo 42

― Se esta é a sua vingança contra mim por sido teimosa e desejado continuar com a gravidez, então a morte dele não deveria ter agradado você o suficiente?! Fiquei um ano presa! Tive o rosto desfigurado e fiquei cega! Perdi tudo que já tive! Tudo! Meu Deus, Brendan! O que falta para você ficar satisfeito!? Para me deixar ir!? ―

A jovem engasgou com as lágrimas, mas respirou fundo e concluiu, dessa vez, não estava mais gritando, mas com uma voz carregada de dor e arrependimento:

― Eu me arrependi de um dia ter assumido o... o manto tóxico de ser a falsa Senhora Brighthall... Não quero mais isso... Deixe-me ir, estou te implorando... Não quero mais isso. Não quero mais ter mais nenhum vínculo com você... ― A jovem desmaiou.

Brendan soltou os braços moles, que não lutavam mais. Seu peito estava cheio de dor, uma dor tão grande que ele não conseguia conter. Uma força invisível pressionava seus pulmões, negando-lhe qualquer chance de respirar. O que estava acontecendo?

Ele sempre se viu como o macho alfa, imparável e quase onipotente. E, no entanto, não conseguia responder a essa pergunta simples. Sua mente estava tomada por pura frustração. Arrastando os pés, o homem deixou o quarto e foi até a varanda, onde esvaziou um maço de cigarros, como se estivesse tentando se automedicar, ainda que temporariamente, com nicotina.

De todos esses nós inescrutáveis, Brendan só tinha certeza de uma coisa: ele queria que Deirdre voltasse para ele e fosse sua amante devota. Ela não tinha mais nada, afinal. Nem seus olhos nem sua aparência, nem mesmo sua mãe. Sterling podia alegar amá-la, mas Brendan tinha certeza de que seu amor era tão fugaz quanto um impulso.

Tudo o que ele precisava de Deirdre era sua docilidade. Em troca de sua submissão, ele ficaria feliz em cuidar dela, pelo resto da vida. Ela nunca iria precisar de mais nada.

Quando acordou, Deirdre não tinha ideia de quanto tempo tinha se passado. A única coisa que sabia era que seu telefone estava tocando, e foi isso que a acordou. A jovem abriu os olhos e foi imediatamente assaltada por uma onda de dor.

Ela respirou fundo, ao relembrar a noite passada e foi invadida por uma tristeza enorme, mas não tinha tempo para aquilo, por isso tateou na direção do som e encontrou o telefone:

― Alô? ― Ela perguntou, com a voz rouca e áspera de quem acaba de acordar ― Quem é? ―

― Dee! Sou eu! ―

A voz dele a fez acordar de vez.

― Sterry? ―

― Você está bem? Sua voz soa tão... rouca. Você está doente? ― Uma forte preocupação encheu cada palavra do médico.

Pedaços do que o monstro tinha feito com ela se formaram em suas memórias, cada fragmento, causando novos arrepios em seus ossos. Ela cerrou os punhos e respondeu:

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